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Museu de Arte da UFC – Mauc

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“Espedido Seleiro: 80 anos de couro e alma” evidencia trajetória do importante mestre da cultura cearense

Data de publicação: 12 de agosto de 2019. Categoria: Abertura de Exposição, Notícias

Banner de divulgação da mostra comemorativa aos 80 anos de Espedito Veloso de Carvalho. Foto: Divulgação

Nesta terça-feira (13), o Museu de Arte da UFC inaugura mostra comemorativa aos 80 anos de Espedito Veloso de Carvalho, mais conhecido por Espedito Seleiro, mestre da cultura popular do Ceará e um dos mais reconhecidos nomes da arte popular no Brasil. A exposição, desdobramento do projeto de extensão “Espedito Seleiro 80 anos”, coordenado pela Prof.ª Tânia Vasconcelos, do curso de Design da UFC, tem curadoria de Érico Gondim.

Nascido em 1939 em Arneiroz , interior do Ceará, Espedito se mudou para Nova Olinda em 1950, se estabelecendo com sua família nesta cidade do Cariri e  construindo ali a sua trajetória como artesão e grande mestre do couro. As suas produções, que vão da sele à sandália, passam a receber enorme reconhecimento a partir do início do anos 1990, quando novas políticas culturais surgem na região em que reside, com destaque para o surgimento da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri, que impulsiona a valorização da cultura, das artes e dos saberes da rica região do sertão cearense.

Segundo Gondim, curador, “Esta exposição é uma homenagem ao designer artesão e tem o intuito de trazer alguns recortes dessa trajetória de 80 anos de atividade no ofício do manuseio com o couro. A exposição mostra ainda as influências e tradições do mestre, seu negócio em família, parcerias e principalmente seus produtos, que além de cobrirem e protegerem o homem do sol e do espinho, embelezam seu corpo e sua casa de pura imaginação. É por isso e mais um pouco que ele se fez muito além de um artesão, se fez um mestre.”, afirma, no texto de apresentação.

Dividida em núcleos, a exposição focaliza diferentes aspectos da história de Mestre Espedito: as relações familiares e o ofício como herança; as inovações introduzidas por

ele no ofício tradicional, como o tingimento do couro e as decorações (arabescos) e os moldes desenvolvidos; o Cariri, território em que produz; e, na última sala, as diferentes parcerias e interfaces da

obra do Mestre com o universo da Moda e do Design, com ênfase nas suas produções nos seguintes segmentos: vestuário, calçados, bolsas e mobiliário.

Sobre o Cariri, território no qual Mestre Espedito habita, produz e encanta, Eduardo Mota anota: “Há 100 milhões de anos, dinossauros desfrutavam da mesma paisagem desimpedida que ainda hoje se estende da cidade de Nova Olinda, no Ceará, aos estados vizinhos do Pernambuco, da Paraíba e do Piauí. E é neste mundo real e extraordinário, a um só tempo bruto e caloroso, contemporâneo e medievo, que Mestre Espedito Seleiro, o artesão, corta, perfura e costura sua utopia.”.

Reinventando influências e heranças culturais mouras, os arabescos, modelo decorativo marcante e assinatura do Mestre, encantam o público e diferentes gerações. Tradição e inovação andam lado a lado nas obras de Seleiro, que atualiza linguagens tradicionais sertanejas, reafirmando uma identidade calcada na ancestralidade e nos diferentes povos e culturas que povoaram o Brasil.

“Espedito Seleiro: 80 anos de couro e alma” permanece em cartaz no MAUC até 28 de setembro. Com entrada gratuita, o museu funciona de segunda à sexta-feira, das 8 às 12 e das 13 às 17 horas.

Agendamentos para visitas em grupo podem ser feitas pelo telefone (85) 3366-7481 e pelo e-mail mauc@ufc.br

 

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