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Museu de Arte da UFC – Mauc

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Exposição 1974.03 – Pinturas – Roberto Galvão -22/08/1974

 

O Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará, sempre aberto aos novos talentos, apresenta desta vez um dos destacados artistas da sua geração: Roberto Galvão. Em um mundo cheio de arraias idas, Roberto lança seu talento de pintor, ao mesmo tempo em que transforma blocos de mármore em obras de arte.  Da segurança, da pesquisa incessante, de um trabalho consciente resulta uma mostra cheia de beleza como esta que aqui está.

Zuleide Martins de Menezes

O tema surgiu quando me senti espiritualmente condicionado, quase que forçado pela necessidade de mostrar a beleza das arraias, de realizar o ato lúdico de trabalhar com a geometria e com a cor nas arraias. De comunicar ao público, que talvez nunca tenha tido a preocupação de olhar para suas cores, suas formas, sua geometria principalmente dentro de um enfoque artístico.arte está em todo canto. Ela precisa é ser vista e comunicada.

Roberto Galvão

Há temas que têm o seu autor natural: as bandeirinhas de Volpi, as mulatas de Di Cavalcante, as freiras de Joaquim, os vaqueiros de Raimundo Cela e assim por diante. Agora as arraias de Roberto Galvão! Há alguns anos que Roberto vem  estudando o tema, pesquisando-o sob vários dos seus aspectos: lúdico, social, decorativo e cultural. Já teve prêmios em pesquisas anteriores como no XXII e XXIII Salões Municipais de Abril (1972 e 1973). No momento, firma o seu tema em óleo sobre tela, permanecendo fiel às suas cores prediletas; diversifica, entretanto, com o seu espírito criador, a maneira de apresentar a forma da  arraia , inspirado certamente durante as longas horas passadas na observação das evoluções dos brinquedos no are também nas recordações de uma infância que ainda não está longe. Pelo seu amor ao tema, podemos observar a sofrida e vitoriosa transformação da obra de um artista exigente e sincero consigo mesmo, com sua proposta e com o seu temperamento.

Heloísa Juaçaba

  

…notável é Roberto Galvão, criador de uma composição altamente poética, de cunho nipônico, na base de arraias, papagaios e fiapos fixados contra a parede.

Jayme Maurício (Correio da Manhã)

Dentro da parafernália da exposição cearense, destacam-se algumas contribuições individuais de interesse. Galvão – o mais contemporâneo – limita-se a se apropriar das arraias de papel que os meninos empinam na contínua brisa cearense, e compõe, com elas, uma parede de inegável brilho visual.

Olívio Tavares Araújo (Veja)

 

“Formas amadurecidas em anos de pesquisa. Massas distribuídas na preocupação do equilíbrio. Não o detalhe.”

José Julião

  

Roberto Galvão é um daqueles raros, que consegue ser um artista sério sem perder a magia do elemento lúdico, imprescindível à criação e à vida. Suas pesquisas refletem a obsessão dos santos e dos verdadeiros inovadores: esgota todas as possibilidades de um tema – nesta mostra a arraia – que decompõe num equilíbrio sempre novo de sua estrutura, sua essência.

Geraldo Markan

Roberto Galvão empina neste grande céu infinito suas arraias, estruturas de cores ao sabor dos eventos favoráveis. Aqui o espaço se seccionou na dimensão de um plano e o papel de seda ganha a textura e o matiz das tintas. E as arraias dançam (como pássaros) sem a interferência dos fios ou das perspectivas de concreto, se supõem e se agrupam, fogem ou escalam alturas, comandadas por suas mãos (senhor do carretel e das linhas) de menino que se fez um artista homem.

Gilmar de Carvalho


Biografia

Cearense de Fortaleza, nasceu em 1950.

– Autodidata, iniciou-se na Pintura em 1964.

– Em 1971 inicia pesquisas plástico-visuais com elementos da nossa

Cultura Popular.

– A partir de 1972, realiza pesquisas sobre as possibilidades plásticas

dos metais e do mármore.

– Ministrou Curso de Arte e Criatividade a crianças e adultos na

Galeria Gauguin em 1972./p


Exposições

1966 – XVI Salão de Abril – Fortaleza

I Salão Estudantil de Artes Plásticas do Ceará

1967 – Inauguração da Galeria Raimundo Cela – Fortaleza XVII

Salão de Abril

1968 – XVIII Salão de Abril

Museu Nacional de Belas-Artes – Rio de Janeiro

O Nu na Arte – Fortaleza

1969 – Pintores Cearenses no Gabinete Português de Leitura -Salvador

XIX Salão de Abril

II Salão Nacional de Artes Plásticas do Ceará

Galeria do Ideal Clube, com Segei, Félix e Joaquim

Feira da Previdência – Rio de Janeiro

1970 – XX Salão de Abril

Prévia da Bienal Nordeste – Recife

1971 – XXI Salão de Abril

III Salão Nacional de Artes Plásticas do Ceará

Pintores Cearenses no Hall do Palácio da Justiça – Brasília

Individual na Galeria Gauguin – Fortaleza

I Exposição Universitária de Arte – Fortaleza

Pintores Cearenses na Capela do Palácio da Abolição – Fortaleza

1972 – XXII Salão de Abril

Mostra de Arte Jogos Universitários – Fortaleza

Salão da Abolição – Fortaleza

Galeria Gauguin, com Joaquim de Souza (esculturas)

Pré-Bienal Internacional de São Paulo – São Paulo

Pintores Cearenses no Museu da U.F.C.

1973 – XXIII Salão de Abril

IV Salão Nacional de Artes Plásticas do Ceará

Jardins do Restaurante Sandra’s, com Maurício Cals – Fortaleza

Unifor Plástica 73 – Fortaleza

XII Bienal Internacional de São Paulo – São Paulo

XXIV Salão de Abril


Prêmios

1971 – Segundo prêmio de Pintura no XXI Salão de Abril

Segundo prêmio de Pintura no III Salão Nacional de Artes Plásticas do Ceará

Primeiro prêmio de Pintura na I Exposição Universitária de Arte

1972 – Prêmio  Departamento de Desportos e Educação Física em Arte Decorativa, na Mostra de Arte Jogos Universitários

1973 – Primeiro prêmio de Escultura no XXIII Salão de Abril.

Primeiro prêmio de Pesquisa no IV Salão Nacional de Artes Plásticas do Ceará


Catálogo da Exposição Roberto Galvão 1974

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