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Universidade Federal do Ceará
Museu de Arte da UFC – Mauc

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Exposição “Sempre Fomos Modernos” em cartaz no Mauc

Data da publicação: 25 de abril de 2022 Categoria: Abertura de Exposição, Exposição, Notícias

A Universidade Federal do Ceará-UFC e o seu Museu de Arte-Mauc são, inegavelmente, dois agentes basilares de um Ceará moderno. Partindo deste preceito e para encerrar as atividades de comemoração 60 anos de fundação do Mauc, a exposição “Sempre Fomos Modernos” entra em cartaz a partir do dia 30 de abril para propor um olhar crítico sobre a modernidade cotejando palavra (logos) e imagem (ícone), dois dos mais importantes dispositivos modernizadores da civilização ocidental. Apocalips (sic),  antropofagia, liberdade, máquina, nacional, palavra, sujeito, utopia, vaia, vida são motes que se desdobram em outros exponencialmente: fim-do-mundo, urgência, tropical, identidade, festa, luta., distopia, tropical, desenho, série, etc… um glossário pilhado e inacabado da modernidade.

“Sempre Fomos Modernos” é uma paráfrase paródica na qual a ideia de que o atual contexto histórico é a afirmação do fracasso do projeto moderno é colocada sob uma perspectiva inversa: as ruínas do presente, seu estado constante de urgência, seu cariz distópico e apocalíptico – pandemia, guerra, fome, miséria em escala global, exclusão, extermínio, genocídio, fundamentalismo religioso-político, destruição ambiental, a colonização, o imperialismo, o nacionalismo, o racismo, a homofobia, a transfobia, a misoginia, machismo, migração compulsória e campos de refugiados.

Além de ser alusiva aos 60 anos do Mauc (completados em 2021) e aos 100 anos da Semana de Arte Moderna, a exposição celebra, ainda, os centenários de nascimento de Aldemir Martins e Antonio Bandeira. O negro e o descendente de indígena que pintaram o Ceará moderno. Antropófagos “de vera”, poucos nos traduziram tão afinados com o seu tempo, com o presente, sem enjeitar a memória, a tradição popular, nossa ancestralidade iberoafrotupiguaranisertaneja. Amazonas, a selva, a cidade azul (Fortaleza?) em festa, a “Cidade queimada de sol”, o sol, as fagulhas da fundição do pai; gatos, muitos gatos, coruja e galo, graviola, sapoti, cajus, cangaceiros, rendeiras, as rendas, o alto contraste da xilo, o jogador de futebol… “referências” é pouco! Foram os espinhos de mandacaru com que espetaram a almofada do tempo e teceram seus e novos rendilhados, num gesto de resistência e liberdade; contra toda necropolítica, uma afirmação de vida.

Além de Martins e Bandeiras, obras de Mestre Noza, Miró, Nice, Chico da Silva, Irmãs Cândido, Raimundo Cela, Descartes Gadelha, Sinhá D’Amora, Rembrandt, Mestre Vitalino entre outros também estarão na mostra em cartaz no Museu de Arte da UFC(Mauc) de 30 de abril a 29 de julho de 2022.

Unidos pelos fios conectores do movimento modernista, reconhecido na Semana de Arte Moderna de 1922, todos os artistas que integram a exposição apresentam obras que romperam com os padrões do tradicionalismo vigente em suas épocas, movidos pela experimentação com liberdade estética, na intenção de modificar os modos de pensar e de viver, avaliar as identidades individuais e coletivas.

As obras/imagens são exclusivamente do acervo do Mauc (pinturas, guaches, desenhos, esculturas em barro, madeira e bronze, gravuras entre outras), expostas sob uma ótica curatorial que, sem romper absolutamente com a memória expográfica do museu, mas, contrariamente, em diálogo com ela, permite, ao visitante, tecer outros e próprios percursos. Pela espessura semântica, pelo vazio da elipse, menos que um atlas mnemosyne, “Sempre fomos modernos!” estabelece um jogo com regras elásticas de remissões entre palavras e imagens, às vezes, de simples ancoragem ou ligação, noutras, estranhas e intempestivas. O visitante é o editor.

“Pra começar, quem vai colar os tais caquinhos do velho mundo? Sei lá”… A cantora pop pergunta e duvida que haja quem… Talvez, ao sujeito contra-heróico, anti-genial e nunca santo, ao qualquer, caiba a bricolagem do tempo, de reedição, trabalho de sísifo, aparentemente; mas, antes e sempre, um ato de fé, de resistência, de luta, de imaginação, de reafirmação da vida e de busca pela justiça e pela liberdade: seguimos modernos!

“Sempre Fomos Modernos” tem a curadoria de Antonio Wellington de Oliveira Júnior (Professor Associado da UFC) e Eliezer Nogueira do Nascimento Júnior (Doutor em Design ESDI/UERJ) e é uma realização do Museu de Arte da UFC, do Programa de Pós-Graduação em Artes – PPGARTES-UFC, do Laboratório de Investigação em Corpo, Comunicação e Arte – LICCA e da Secretaria de Cultura da UFC – Secult com o apoio da Coordenadoria de Comunicação e Marketing Institucional da UFC, Fecomércio – SESC e SENAC, Imprensa Universitária, Instituto de Cultura e Arte – ICA, Memorial da UFC, Núcleo de Comunicação do Mauc, Núcleo Educativo do Mauc, Prefeitura do Benfica, Prefeitura do Benfica, Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará – Sintufce, Pró-Reitoria de Extensão – PREX, Pró-Reitoria de Planejamento e Administração – PROPLAD, Pró-Reitoria de Relações Internacionais e Desenvolvimento Institucional – Prointer e Superintendência de Infraestrutura e Gestão Ambiental – UFC INFRA.

SERVIÇO
Exposição “Sempre Fomos Modernos”
Curadoria de Antonio Wellington de Oliveira Júnior (Professor Associado da UFC) e Eliezer Nogueira do Nascimento Júnior (Doutor em Design ESDI/UERJ)
Abertura: 30/04/2022 – sábado, das 9h às 13h
➡️Em cartaz no Mauc até 29 de julho de 2022

Funcionamento Mauc
Segunda a sexta-feira (exceto feriados)
Das 8h às 12h e das 13h às 17h
Av. da Universidade, 2854 – Benfica
Aberto ao público | Entrada gratuita

Observação: para visita de grupos com mediação pelo Núcleo Educativo do Mauc é necessário agendar através do email nemauc@ufc.br

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