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Museu de Arte da UFC – Mauc

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Exposição 2002.03 – 12 Álbuns – 12 Gravadores – 27/08/2002

Quando da constituição do MAUC, no início dos anos 60, a então Universidade do Ceará mandou emissários ao Cariri para a aquisição de tacos que hoje constituem um dos mais valiosos acervos da xilogravura do País. Foi também o momento da encomenda a Mestre Noza, Walderêdo, José Caboclo, e Lino, de álbuns de gravuras.

Estava estabelecido um formato e inventada uma tradição.

Quando a xilogravura começou a dar sinais de revitalização, em meados dos anos 80, o álbum foi retomado pela nova geração de gravadores, como José Lourenço, Francorli, Cícero Vieira, Nilo, Elosman, Naldo, Hamurabi, Erivana, Gilberto, Justino, Airton e Luciano, tributários da contribuição de Abraão Batista e Stênio Diniz, que fizeram a transição entre a herança dos pioneiros e a atitude dos novos.

E assim, o formato álbum foi sendo difundido, e a gravura de Juazeiro do Norte passou a ocupar espaços na mídia e em galerias, museus, e fundações, no Brasil, e no exterior. Ganhou uma importância indiscutível, por conta das temáticas desenvolvidas, das técnicas incorporadas, da improvisação dos instrumentos, e da ousadia de atualizar uma tradição, sintonizando-a com a cultura de massas.

Doze álbuns de doze destes artistas foram doados ao acervo do MAUC. Importante pelo reconhecimento da instituição como guardiã de um tesouro da criação nordestina e pela possibilidade da consulta e da fruição que se abre para a comunidade. O MAUC foi, é e continuará sendo um referencial da cultura cearense, incluindo aí a riqueza e diversidade desta manifestação tradicional, de extração popular, que se funde com o legado de um Cela, um Aldemir Martins, um Bandeira, ou um Chico da Silva, para traçar um painel vigoroso da contribuição cearense à expressão estética brasileira.

DOZE GRAVADORES / DOZE ÁLBUNS é uma contribuição dos artistas de Juazeiro do Norte à atualização do acervo do MAUC e um chamamento à importância de que a Instituição se reveste e aos cuidados que merece receber de todos nós.

Gilmar de Carvalho


Reforma Agrária – Abraão Batista

Nascido em 1936, em Juazeiro do Norte. É professor e tem formação em bioquímica. Cordelista, na década de 70 improvisava cortar a madeira para ilustrar as capas dos seus folhetos. Inicia-se, assim, a produção de um dos maiores gravadores contemporâneos. Além de numerosas capas de folhetos, já fez os álbuns: “Tarot do Sol”, “Via Sacra”, “Signos” e “Reforma Agrária”.

Endereço: Av. Azarias Sobreira, 388. Fazenda Nova. Juazeiro do Norte, CE.

O livro das horas do sertão – Cícero Vieira

Nasceu em Juazeiro do Norte, em 1969.Trabalhava como compositor na Lira Nordestina, onde começou a gravar. Estreou com o álbum “O Sertão”. Também são de sua autoria as séries: “Via Sacra”, “Os Dez Mandamentos”, “As Sete Dores de Maria” e “O Livro das Horas do Sertão”. Entre outras exposições, participou de coletivas na Galleria Alliance Française, em São Paulo, e no Museu do Folclore, no Rio de Janeiro. Atualmente, trabalha como agricultor.

Endereço: Rua Joaquim Vieira Nobre, 246. CEP: 63020-150. Jucás, CE.

Danças do meu povo – Naldo

Nascido em Juazeiro do Norte, em 1976. Começou a trabalhar com gravura em 1994. É autor dos álbuns: “Destino Nordestino”, “Engenhos do Cariri”, “Danças do meu Povo” e “Vida de Jesus”. Fez, ainda, a série “Via Sacra”, ambientada no sertão nordestino. Já participou de coletivas no Instituto de Estudos Brasileiros da USP e na Lituânia. Trabalha como serígrafo.

Endereço: Rua Rotary Club, 88. Bairro Novo Juazeiro. Juazeiro do Norte, CE.

Lendas do Cariri – Nilo

Natural de Juazeiro do Norte, onde nasceu em 1966. No final da década de 80 já fazia escultura, quando iniciou-se no trabalho com gravura. Ilustrou livros. Participou da coletânea de cartões “Reis Magos do Sertão”. É autor dos álbuns: “Via Sacra”, “Romeiros do Padre Cícero”, “Os Sete Anjos” e “Lendas do Cariri”.

Endereço: Rua do Cruzeiro, 1087. Bairro São Miguel. Juazeiro do Norte, CE.

Caldeirão – Stenio Diniz

Natural de Juazeiro do Norte, Stênio Diniz nasceu em 1953. Neto de José Bernardo da Silva, proprietário da Tipografia São Francisco, hoje, Lira Nordestina, Stênio, aos 15 anos, seduzido por Mestre Noza e Walderêdo Gonçalves, deu início à sua trajetória na gravura. Os primeiros trabalhos foram capas para cordéis. Já fez exposições no Brasil e no exterior.

Endereço: Rua Coronel Raul, 111. Bairro Pio XII. Juazeiro do Norte, CE.

Os últimos suspiros de um sertanejo – Airton Laurindo

Nascido em 1972, Airton Laurindo é natural de Juazeiro do Norte. Iniciou-se na gravura em 1996, participando de curso ministrado pelos gravadores José Lourenço e Nilo. Fez gravuras para os álbuns “Senhoras Sertanejas” e “Carlos Magno”. Airton também já produziu capa para folheto através do projeto SesCordel. Atualmente, trabalha como impressor na Gráfica Lira Nordestina.

Endereço: Rua Joda Dias, 494. Bairro Tiradentes. Juazeiro do Norte, CE.

A festa do pau da bandeira – João Pedro C. Neto

Nasceu em Ipaumirim(CE), em 1964. Cresceu em Juazeiro do Norte e trabalhava como vendedor ambulante. Começou a fazer xilogravura na Gráfica Lira Nordestina. Fez exposição individual na Alemanha. Prêmio de gravura no Salão Norman Rockwell, em Fortaleza, em 1999. Mudou-se com a família para Fortaleza, onde faz da arte da gravura o seu trabalho diário. Incansável, já produziu 28 álbuns.

Endereço: Rua Pedro Pereira, 1616. Centro. Fortaleza,CE.

Patativa de Bolso – José Lourenço

Nascido em Juazeiro do Norte, em 1964, José Lourenço iniciou-se na gravura no ano de 1985. Levado pelo avô, gráfico, para a Tipografia São Francisco, hoje, Lira Nordestina, fez sua primeira gravura para a capa do cordel “O casamento matuto”. Além das capas para folhetos, produziu álbuns, entre eles: “Lira Nordestina”, “Via Sacra” e “A Vida do Padre Cícero”. Participou de exposições, inclusive no exterior, em Amsterdan. Já ganhou vários prêmios. Sua produção é bastante fértil.

Endereço: Rua Coronel Nery, 702. Bairro Vila Fátima. Juazeiro do Norte, CE.

Reisado – Gilberto Pereira

Baiano de Jussara, Gilberto Pereira nasceu em 1980. Sua iniciação na gravura ocorreu em 1997, incentivado por Nilo, também xilógrafo. Fez curso com José Lourenço. É um dos mais jovens gravadores de Juazeiro do Norte. Já produziu dois álbuns: “O Santo Sepulcro” e “Reisado”. Antes de enveredar pela xilogravura, Gilberto já desenhava e pintava.

Endereço: Rua Farias Brito, 1236. Bairro João Cabral. Juazeiro do Norte, CE.

Frei Damião – Justino Paulo Bandeira

Nasceu em Juazeiro do Norte, em 1966. Iniciou-se na gravura sob a orientação do gravador Francorli, em 1997. Participou de coletivas no Museu do Folclore, no Rio de Janeiro, e no Museu do Ceará. Fez uma gravura para a série “Senhoras Sertanejas”. É autor do álbum “Frei Damião”. Atualmente, trabalha desenhando jóias.

Endereço: Rua Vereador José Rodrigues, 269. Juazeiro do Norte, CE.

Engenho de Farinha – Demontiê L. Gonzaga

Nascido em Juazeiro do Norte, em 1972. Pequeno, trabalhou na Lira Nordestina (ainda Tipografia São Francisco) como ajudante de impressor. Fotógrafo, passou a cortar xilos por insistência do irmão José Lourenço. Participou de trabalhos coletivos, como capas para a caixa “Cordéis do Patativa”, editada pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, em 1993. “Engenho de Farinha” é seu primeiro álbum. Atualmente, mora em Alagoas.

Endereço: Rua Maria Tereza de Jesus, 342. Bairro São Pedro. Santana do Ipanema, Alagoas.

Luiz Gonzaga de Bolso – Francorli

Natural de Juazeiro do Norte, nasceu em 1957. Iniciou-se na xilogravura em 1970, cortando capas para os folhetos da Tipografia São Francisco, hoje, Lira Nordestina. Em 1980, afastou-se da gravura para dedicar-se à eletrônica. Retornou em 1990, cortando vários álbuns e participando de exposições. Utiliza-se de equipamentos como o scanner para produzir seus trabalhos.

Endereço: Rua Luiz Coimbra,79. Bairro Novo Juazeiro. Juazeiro do Norte, CE.

 

 

Visitas de estudantes:

Escola Municipal Sebastião de Abreu

E.E.F.M. Edson Correia

Artes Plásticas – CEFET – CE

Centro de Iniciação Profissional – Projeto Peixe Vivo

Centro de Iniciação Profissional – Projeto Peixe Vivo

Estilismo e Moda – UFC

Creche Escola Aprendendo a Crescer

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