Linco Vasconcelos
Sobre o artista: Linco Vasconcelos nasceu em Fortaleza, nordeste brasileiro, dois meses depois de eclodir o golpe militar de 1964. Na infância já demonstrava interesse por arte e política, embora, seus pais fizessem parte do grande número de brasileiros excluídos das instituições de formação de saber. Linco representa a diferença, numa concepção filosófica, dentro de seu contexto sociocultural. Percebe-se, em seu trabalho, uma preocupação com a injustiça social do povo nordestino e o processo de desertificação do solo. Sua obra apresenta singularidade, beleza, identidade e destreza (adquirida no longo período que trabalhava como operário da construção civil ao lado de seu pai). Linco Vasconcelos é autodidata e atualmente está dividido entre a pintura e a escultura, pela qual tem grande fascínio. Sua obra faz parte de acervos de instituições importantes como a Caixa Econômica Federal, extintos Banco Comercial do Ceará (BANCESA) e Teleceará, Banco Mundial e alguns pequenos colecionadores. Uma arte que rompeu fronteiras e ganhou algumas homenagens e premiações. Com sua pintura Linco foi homenageado na XII UNIFOR Plástica, Honra ao Mérito no VIII Salão dos Novos, 2º lugar no II Salão de Artes Plásticas do SESI – RN e o 4º lugar na I Jornada de Arte em comemoração à Semana do Exército.
Sobre a produção: “Imagem 1. Vaqueiro do Ceará 1 (Óleo sobre tela, 50 x 60 cm, 2020); Imagem 2. Vaqueiro do Ceará 2 (Óleo sobre tela, 30 x 40 cm, 2020); Imagem 3. Vaqueiro do Ceará 3 (Óleo sobre tela, 40 x 50 cm, 2020). As pinturas selecionadas para essa mostra de arte virtual fazem parte de uma longa série sobre a paisagem e cultura do Ceará, estudos produzidos desde os anos 90 e revitalizados por inúmeros trabalhos atuais – desenhos, gravuras, aquarelas e pinturas a óleo -, que ilustram e retratam a diversidade de nossa cultura. Na condição de artista visual cearense busco através da arte uma valorização de nossa rica cultura, muitas vezes, esquecida ou pouco reconhecida. Nas referidas obras, em especial, a figura do vaqueiro surge para representar a bravura do homem sertanejo, os saberes e fazeres de tradição e os modos típicos da vida no sertão. A sua indumentária composta por couro (chapéu, gibão, perneira, avental, luvas) tem características muito próprias, confeccionada geralmente por ele, fato esse que inspirou inclusive os cangaceiros no sertão. A pega de boi no mato, tema dessa série, é uma prática recorrente na caatinga nordestina e se caracteriza de um modo geral, pela atuação do vaqueiro na derrubada do gado, que existem desde meados do século XIX e, na contemporaneidade está ameaçada de extinção na maior parte do sertão nordestino. É importante frisar que a pega de boi e a vaquejada são atividades distintas apesar de, muitas vezes, confundirem-se para o público. A sensibilidade artística busca de forma poética retratar a saga e a bravura desse lendário guerreiro do sertão cearense.”
Obras:
https://www.flickr.com/photos/182111802@N04/49992570161/in/album-72157713905794598/
1. Vaqueiro do Ceará 1 (Óleo sobre tela, 50 x 60 cm, 2020)
https://www.flickr.com/photos/182111802@N04/49992821777/in/album-72157713905794598/
2. Vaqueiro do Ceará 2 (Óleo sobre tela, 30 x 40 cm, 2020)
https://www.flickr.com/photos/182111802@N04/49992570956/in/album-72157713905794598/
3. Vaqueiro do Ceará 3 (Óleo sobre tela, 40 x 50 cm, 2020)
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