Maria Barros
Sobre a artista: Maria Barros, é estudante de Ciências Atuariais na Universidade Federal do Ceará. Além disso, pinta e escreve desde muito pequena, como tentativa de equilibrar sua afeição por números e todas as outras formas de se fazer ciência em relação à subjetividade do pensamento artístico. Enxerga no Impressionismo e no Pós-modernismo sua principal fonte de identificação.
Sobre a produção: “A Quarentena ( Nanquim e guache sobre papel, 148 × 210 mm, 2020). Trata-se da minha visão de como seria a própria quarentena personificada, juntamente a elementos que remetem não só aos meus, mas aos sentimentos coletivos em meio ao confinamento. A desproporcionalidade anatômica da personagem, como a cabeça em relação ao restante do corpo, traduzem o peso de suportar os pensamentos quando restam poucas válvulas de escape. A nitidez dos traços na parte superior da pintura, que vai se perdendo conforme chega-se à parte inferior (vista no corpo da personagem e também na corrente), simboliza o fator temporário da presente situação, indicando que seu fim está a caminho. Os muros simbolizam o isolamento social não desejado. A âncora, que também torna-se chifres, indicam a demonologia da entidade em questão, onde também se tem referência ao peso e à permanência da angústia. Já a corrente remete à sensação de aprisionamento, mesmo que necessária. No mais, o restante da interpretação sempre ficará por conta do olhar do observador.”
Obra:
https://www.flickr.com/photos/182111802@N04/49912230141/in/album-72157713905794598/
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