Maria Helena Pinheiro Cardoso
Sobre a artista: Maria Helena Pinheiro Cardoso, nasceu em Barbalha, Ceará, em 1952. É médica e psicanalista, musicista, artista plástica, atriz, escritora de poesias, cordéis e contos. Publicou dois livros de poesias: Desconcertos Poéticos em Três Movimentos (Prêmio Estado do Ceará em 1985) e Cântico de Oleiro (Prêmio da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, em 2004). Obteve prêmios em concursos de poesia do Centro Médico Cearense e Ideal Clube de Fortaleza. Tem uma vasta produção literária, tendo sido premiada em 1989 com a Menção Honrosa pela Presidência da Sociedade Cearense de Psiquiatria, Sociedade Cearense de Psiquiatria. Participação no jogral “Padaria Espiritual” durante a Bienal Internacional do livro do Ceará, 2012. Projeto Tessituras da Primeira Infância – Palestra sobre “Gravidez e psicanálise”. IPREDE – Canal Pi, 2015. Participação do Projeto Leituras na Praça 2018 e 2019 – A Mulher no Reino da Oralidade, Jorge Luis Borges. Assistente de cenografia da Opera Atelier Artists em (2019).
Sobre a produção: “Imagem 1. e Imagem 2: Sem título (Pastel, Indefinida, 2020). O trabalho de desenho com oil pastel em papéis superpostos: folha de três “canson” branco e folha “decor” preta, onde eu busquei representar a aproximação do Homem, da Terra (Mãe-Terra, conceito alegórico, mítico, telúrico e religioso). Nesse quadro, a Mulher, de olhos baixos e véu sustém o globo terrestre à sua frente e junto a seu corpo (seios e ventre) com a mão direita sobre essa “protuberância” e a esquerda, em concha retirando da terra pequenos grumos + ou – na forma do vírus corona e sopra neles para apartá-los. Junto à figura, em poema (talvez) que pensei pudesse traduzir a voz em pensamento dessa entidade e que diz que este é o 2º sopro (o 1º foi do pai criador) e este 2º, materno e aliviador se destine a suspender a extinção dos homens: apesar de terem, os humanos, degradado o solo e ambientes e corrompido a sua interação de repartir, viver com e para os outros ele, Mãe, vai poupá-los pois acredita que possam mudar e evoluir, além de – como se fosse uma confidência – dizer que os homens e sua terra são também o corpo dele, a Mãe. Parte dele e a mutualidade é proposta de recomeço.
Obras: