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Museu de Arte da UFC – Mauc

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“Novos olhares para Monalisa” ocupa o Museu de Arte da UFC

Data da publicação: 22 de março de 2019 Categoria: Sem categoria

Banner de divulgação da exposição “Novos olhares para Monalisa”. Foto: Divulgação

A exposição “Novos Olhares para Monalisa”, com 141 obras integrantes da coleção Veridiana Brasileiro, passa a ocupar o Museu de Arte da UFC a partir de 23 de março, sábado. A inauguração, com entrada franca, terá início às 10 horas. A mostra é uma promoção do Serviço Social do Comércio – SESC/CE, através do Edital SESC Cultural 2019, em parceria com o MAUC/UFC.

 

A Coleção

As releituras de Monalisa, obra icônica de Leonardo Da Vinci pertencente à coleção do Museu do Louvre, em Paris, vem sendo formada há mais de 11 anos pela médica e colecionadora Veridiana Brasileiro.

A ideia, segundo ela, foi tomando forma, inconscientemente, durante uma viagem à Europa: “O primeiro item foi comprado por ocasião de uma viagem à Europa, onde passei por Museus de várias cidades e em vários países. Em determinado momento, entrei numa pequena Galeria em Madri e avistei uma Monalisa na forma de Lego, impressa em tela. Fiquei encantada e comprei. Depois, fui a Paris para, dentre outros museus, conhecer o Louvre, onde se encontra a Monalisa de Leonardo da Vinci. Durante a minha estada, visitei muitos ateliês locais e locais de concentração de artistas de rua, muito comum na Europa. E, especificamente em Paris, onde se chega tem uma releitura da Monalisa, seja em desenho, pintura, aquarela feita por estes artistas locais. Assim, fui adquirindo algumas que me chamavam a atenção e que se diferenciavam pela técnica. Foi inconsciente, mas quando retornei, observei que eu tinha trazido 08 versões da Monalisa na bagagem.”, conta.

Veridiana Brasileiro
Foto: acervo pessoal

Atualmente, a coleção é formada por mais de 300 itens, em diferentes técnicas e suportes, como pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, bordados, fotografias, assemblage, etc. Composta, em sua maioria, de produções de artistas cearenses, a coleção também abarca artistas de outros estados e nacionalidades, formando um retrato multifacetado de interpretações e ressignificações da obra original. Desde 2015, recortes da coleção têm sido apresentados em museus, shoppings e outros espaços culturais em diferentes cidades do Ceará, alcançando um público de mais de 20.000 pessoas.

 

Monalisa no MAUC

Para o Museu de Arte da UFC, as curadoras da exposição, Veridiana Brasileiro e Andrea Dall’Olio, organizaram três núcleos que dialogam com a missão da instituição e o seu acervo. Segundo Dall’Olio, “a proposta para o MAUC é composta por três momentos, divididos em três salas: uma mostra em gravuras que contempla todas as modalidades desta técnica; uma seleção de artistas cearenses que representam a produção artística cearense contemporânea, incluindo a participação de artistas atuantes desde a década de 1960; e um recorte da produção feminina, apresentando obras de artistas mulheres, nacionais e internacionais.”.

Andrea Dall’Olio, curadora

Assim, a exposição se filia ao lema do Museu e da UFC, estabelecido por seu fundador, o Reitor Antônio Martins Filho, ao dialogar “o Universal pelo Regional”, dando acesso ao público a um conjunto significativo de obras produzidas por nomes relevantes da História da Arte Cearense.

Sala Monalisa por Elas. Foto: Reprodução

Para a diretora do MAUC, Graciele Siqueira, a mostra “dialoga com a missão do Museu, que possui um rico e representativo acervo de arte cearense e vem se construindo como um local de preservação e difusão de tal temática. Por outro lado, a coleção formada por Veridiana Brasileiro traz à luz uma produção super relevante da arte contemporânea do Estado do Ceará, contando com obras de nomes importantes nas mais diversas técnicas e materiais”. Ainda segundo a diretora, o grande quantitativo de releituras produzidas por artistas mulheres, que conta com espaço especial no circuito expositivo, supre uma lacuna nas coleções do Museu e de sua exposição de longa duração, dando assim visibilidade para tais agentes e suas poéticas.

 

Olhares e impressões: do público interno ao externo

Muito provavelmente a Monalisa seja a obra de arte que mais interesse tem despertado na história da arte mundial. Apropriada, transformada e manipulada a partir de múltiplos meios e processos, a pintura, após mais de 500 anos de sua produção, segue instigando diferentes leituras e interpretações, provocando sentimentos e distintas reações naqueles que a veem, seja pessoalmente, no Museu do Louvre, ou através das inúmeras reproduções já produzidas e que circulam em diversos âmbitos da vida social.

Para Francisco Bandeira, artista e funcionário do MAUC, que participa da exposição com 3 obras no conjunto referente à gravura, “cada artista tem uma ideia. Aqui temos várias técnicas e materiais. Trata-se de uma mostra importante por seu caráter itinerante, o que tem dado acesso à arte a amplos públicos, favorecendo a divulgação dos artistas da terra e suas produções”.

Linoleogravura, Francisco Bandeira. Foto: Reprodução

Para a arquivista do MAUC, Katiana Souza, a exposição “vem despertar nossa atenção para a Monalisa que está em cada uma de nós, enaltecendo a figura feminina e destacando que cada uma de nós traz consigo uma versão da Monalisa. A Monalisa livre, de diferentes cores, etnias, da antiga e da nova geração. Uma linda exposição”, enfatiza.

Além do impacto provocado no público interno, ou seja, os funcionários do Museu, os novos olhares para a Monalisa também têm gerado ressonâncias junto ao público visitante. A Prof.ª Verônica Ximenes, do curso de Psicologia da UFC, após uma visita, analisa que “nesta exposição a gente vê a diversidade de Monalisas, onde cada uma traz alguns elementos, regionais ou algumas formas diferentes, como o bordado, a escultura, e sai daquele padrão mais clássico da Monalisa original, produzindo, assim, adaptações à realidade e gerando um perfil que contempla a diversidade”.

 

Ações educativas e inclusão no acesso à arte

Em fase de implantação, o Setor Educativo do MAUC visa acolher os diferentes públicos da instituição, oferecendo subsídios e questionamentos que aproximem os visitantes da arte em suas múltiplas expressões. Além disso, visa oportunizar aos estudantes da UFC participantes do projeto, bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Inovação (PIBI), um espaço de aprendizagem e reflexão sobre o papel dos museus na sociedade e da educação museal como um dos vetores da mediação entre universidade e comunidade através da fruição do patrimônio artístico.

Carlizeth Campos, servidora do MAUC, imprime texto em Braille na Secretaria de Acessibilidade – UFC Inclui

Dando pequenos, mas significativos passos rumo à acessibilidade, a exposição contará com o texto de apresentação da mostra em braille, ação que visa garantir que públicos não contemplados até então possam afluir ao Museu de Arte. Além disso, desde março de 2019, a equipe do MAUC conta com a atuação da bolsista Jully Dionizio, do curso de Letras Libras da UFC. A estudante tem participado da recepção aos públicos e na difusão da Língua Brasileira de Sinais junto à equipe da instituição, colaborando na construção de um museu mais acolhedor e inclusivo.

Integrante da equipe de bolsistas do Educativo do MAUC, a estudante Bianca Amarante, do curso de História, analisa que a exposição sobre Monalisa tem sido uma oportunidade ímpar de propor ao público reflexões que descritalizem a imagem de uma obra clássica, consagrada. Sobre a sua experiência no acolhimento dos públicos, a estudante afirma que “tem sido muito positivo e o retorno do público é bem entusiasmante. Eles se mostram interessados em entender o porquê da obra da Monalisa ter sido escolhida para aquelas releituras, porque Leonardo da Vinci é considerado um artista tão importante, entre outros questionamentos que tornam as visitas bastante instigantes. O público tem dado um retorno positivo a exposição, e me feito questionar também, a partir das perguntas propostas, o local que a arte brasileira e cearense especificamente ocupa no mundo.”

 

Visitação

Novos Olhares para Monalisa: Coleção Veridiana Brasileiro ficará em cartaz até 17 de abril. O MAUC fica situado na Av. da Universidade, 2854, no Benfica. O público poderá visitar o museu de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. A entrada é gratuita. Visitas de escolas, projetos sociais e outros grupos podem ser agendadas pelo telefone (85) 3366 7481 ou pelo e-mail mauc@ufc.br.

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