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Clementina Duarte

Fotografia por Lulu Pinheiro. Imagem cedida por Clementina Duarte

Recife, PE, 1941

A vanguarda da criação em joia no Brasil está ligada à Clementina Duarte. Arquiteta e designer pernambucana que há 50 anos desenvolve joalheria como arte. Traz influências de Oscar Niemeyer, com quem teve contato enquanto concluía mestrado e lecionava na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo em Brasília. Em Paris, aprimora os estudos na Sorbonne com bolsa do governo francês e faz curso com o designer e arquiteto Jean Prouvé que, diante de seus projetos, aconselha Clementina a seguir carreira como designer. Na capital francesa, realiza sua primeira exposição, através da revista Elle, na Galeria Steph Simon, responsável pela edição do mobiliário de Le Corbusier e Charlotte Perriand. Sua carreira ganhou impulso no Brasil, lugar de inspiração, onde a natureza das matas, o barroco exuberante de Pernambuco e a arquitetura moderna brasileira são abstrações que se tornam elementos de seu universo criador. No processo, o exercício do desenho manual ganha forma em maquete, que é o pensamento tridimensional se materializando na joia finalizada. Participou de exposições no Brasil e no mundo, representando em 1993 o Design brasileiro em Washington D.C, ao lado de grandes mulheres da arte brasileira, como Lygia Clark, Lygia Pape e Tomie Ohtake na exposição Ultramodern: The art of Contemporary Brazil, no National Museum of Women in The Arts, curada por Aracy Amaral e Paulo Herkenhoff. Na 11ª Bienal de São Paulo, em 1971, ganhou o prêmio de melhor desenho de joias. Seu trabalho foi apreciado e refletido pelo sociólogo e amigo Gilberto Freire, e por Cyntia Unninayar, editora da International Jewel, revista mais especializada em joias do mundo. O livro “Clementina Duarte – 50 anos de Arte e Design” registra um trabalho que tem a dimensão de obra pela consistência e valor estético de suas coleções. A marca Clementina Duarte foi amplamente comercializada em lojas próprias em Recife e Brasília, alcançou vitrines mundiais e passarelas de moda com coleções para Pierre Cardin. Hoje, com a marca consolidada, se dedica a um trabalho mais livre, atendendo demandas do Brasil e exterior. Clementina é a grande dama da joalheria no Brasil, seu nome está associado às “joias da diplomacia” com coleções presenteadas pelo Itamaraty à realeza e primeiras damas de vários países. Se nos museus de mundo a joia é o testemunho de uma época, a obra de Clementina Duarte faz jus a esse significado ao traduzir na fusão de pedras e metais nobres, um Design que evoca perfeição, originalidade e arte.

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