Área do cabeçalho
gov.br
Portal da UFC Acesso a informação da UFC Ouvidoria Conteúdo disponível em:Português
Brasão da Universidade Federal do Ceará

Universidade Federal do Ceará
Museu de Arte da UFC – Mauc

Área do conteúdo

Exposição 1977.01 – Pierre Chalita – 29/11/1977

(Transcrito do Catálogo)

Não sou a pessoa bem escolhida para apresentar o pintor Pierre Chalita que ora nos dá oportunidade de expor no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará uma coleção de sua pintura já consagradas no Brasil e elogiadas, com entusiasmo, por críticos internacionais de renome. Chalita bem que merecia a apreciação do analista especializado que não sou. Mas, numa atitude quase apologética de minhas limitações, direi que as cores e as formas fixadas nas telas deste pintor alagoano, “violento” e “trágico”, falam abertamente à sensibilidade de quem têm alma para perceber, para adivinhar, os segredos da criação estética.

Prof. Newton Gonçalves
Pró-Reitor de Extensão, UFC
Novembro de 1977

A pintura do grande artista brasileiro Pierre Chalita representa um rompimento com os padrões estéticos convencionais e por isso a caracteriza um forte espírito de modernidade. Onde quer que ele exponha , seus quadros geram polêmicas interpretativas. Libertas do academismo e também de todos os “ismos” importados por mero espírito de imitação, suas telas chocam, sua figuras gritam, gemem, contorcem-se, goza-a, excitam o espectador, que muitas vezes, irresponsavelmente, preferiria renunciar a condição humana para pousar os olhos em águas mortas, inebriar-se com buquês arrumadinhos, alinhar-se nos luares mal pintados, acomodar as retinas nas cópias fotográficas, desumanizar-se no abstrato, nos “pops” e nos “ops”.

Solange Lages

L’itinéraire passionné de Pierre Chalita, peintre violent et tragique. Dès le premier coup d’oeil, on sait qu’on a affaire à um très grand peintre et devant ces toiles, géantes où des personnages nus et habilés se bousculent dans une recherche effrénce de plaisir, devant ces visages hideux et tragiquement expressifs, les noms de Goya, Veslasquez, Le Grèco, remontent à lá mémoire.

Art Beyruth 1961

Pierre Chalita, um artista que se expressa através de uma sólida estrutura de desenho e consegue atingir a rara exuberância cromática. Há nele alguma coisa de um romântico e muito de um barroco, pertencendo nosso artista àquela nobre estirpe a que se filiaram, entre tantos, Rubens e Delacroix. Sua execução é rápida e nervosa, limitando o artista a um mínimo possível seus meios materiais, tanto assim que joga com duas ou três cores somente, criando todo um mundo de nuances, e utiliza o suporte em branco como valioso elemento cromático. Não sem motivo interessou-se ele no início da carreira, pela Música, e não sem razão já foi dito que toda arte aspira à condição da Música.

José Roberto Teixeira Leite


Pierre Chalita nasceu em Maceió, Alagoas, em 1930. Pintor, desenhista e professor.
Em 1950 matriculou-se na Faculdade de Arquitetura do Recife e estudou pintura sob a orientação do professor Murillo Lagreca, no Recife.
Em 1955 diplomou-se em arquitetura pela Faculdade Nacional de Arquitetura do Rio de Janeiro.
Em 1956 foi a Madrid como bolsista do Instituto de Cultura Hispânica.
Em 1957 estudou pintura na Academia Real de San Fernando em Madrid, sob a orientação do pintor Valcerde.
Em 1958 estudou pintura na Escola de Belas Artes em Paris, sob a orientação de Chapelain-Midy.
Em 1959 foi contratado como decorador-chefe para o filme de longa metragem: ” Um Jour Comme les Autres” de Paul Mordy, Paris.
Em 1960 foi contratado pela Unesco como decorador-chefe do filme “Les Mimes Orienteaux et Occidenteaux” de Jean Doat e Paul Bordry, Paris.
Em 1961 proferiu palestra na Rádio Televisão Francesa sobre arte em geral e arquitetura no Brasil.
Em 1962 regressou ao Brasil e ingressou por concurso no corpo docente da Escola de Arte da Universidade Federal de Pernambuco onde atualmente é professor da Cadeira de Técnica de Composição Artística.
Em 1965 foi designado chefe do Departamento de Expressão Gráfica da Universidade Federal de Pernambuco.
Em 1968 restaurou o Palácio do Barão de Jaraguá, em Alagoas, arquitetura do século XIX.
Em 1970 participou da Exposição do Acervo de Arte Sacra Brasileira, 1º Festival de Verão de Marechal Deodoro, em Alagoas. 1970 designado Professor da Cadeira de Composição do Curso de Licenciatura de Desenho da Universidade Federal de Pernambuco.
Em 1973 Professor do Atelier 3 de Pintura da Escola de Arte da Universidade Federal de Pernambuco. Arquiteto Restaurador da Assembléia Legislativa de Alagoas, arquitetura século XIX. Arquiteto e coordenador da Pinacoteca “Jayme de Altavilla” do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Responsável pelo projeto de restauração das cidades históricas: Porto Calvo, Marechal Deodoro e Penedo-Alagoas.


Exposições

1960 – Galeria Nord, Paris.
1961 – Beirute, Líbano.
1963 – Teatro Santa Isabel, Recife
1964 – Galeria do Rosário dos pretos, Recife.
1964 – Galeria da Ribeira, Recife.
1964 – Teatro Deodoro, Maceió.
1965 – Escola Belas Artes, Recife.
1965 – Galeria Quirino, Salvador.
1967 – Teatro Popular do Nordeste, Recife.
1968 – Mirante da Artes, São Paulo.
1968 – Galeria Contemporânea, Recife.
1969 – Galeria Oca, Guanabara.
1970 – Fundação Alvares Penteado, São Paulo.
1970 – Galeria Portal, São Paulo.
1971 – Museu de Arte Contemporânea de Olinda, Pernambuco.
1971 – Galeria Ipanema, Guanabara.
1972 – “Sucata” Decorações.
1972 – Galeria “Recanto do Ouro Preto”, Fortaleza.
1973 – Galeria da Universidade Federal da Paraíba.
1973 – Galeria José Augusto, Natal.
1976 – Galeria Seta, São Paulo.
1977 – Museu de Arte Contemporânea do Paraná.


Catálogo da Exposição Chalita 1977

Exibir subpáginas.
Logotipo da Superintendência de Tecnologia da Informação
Acessar Ir para o topo