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Museu de Arte da UFC – Mauc

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Exposição 2025.3 – Só para ver-te agora são meus olhos

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A artista visual Côca Torquato apresentou no Museu de Arte da UFC (Mauc) exposição individual intitulada “Só para ver-te agora são meus olhos” com produção durante e após a pandemia.

“Só para ver-te agora são meus olhos” é uma referência ao poema homônimo de Virgílio Maia e apresenta 70 obras, sendo 40 pratos de porcelana e 30 aquarelas em nanquim nos tamanhos A3 e A4. As obras de Côca possuem traços inconfundíveis com estética rupestre, que demonstra profundo enraizamento nas ancestralidades e na cultura popular do Nordeste brasileiro, recebendo influência direta do Movimento Armorial, criado por Ariano Suassuna.

“De qualquer modo, no seu conjunto, seu trabalho tem uma unidade que honra a todos nós que integramos o movimento armorial. Sua presença é um grande alento para nós que procuramos valorizar a cultura brasileira. Assim como ocorre comigo, Côca Torquato é uma sertaneja de formação urbana. Explica-se, assim, o parentesco indiscutível de suas pinturas com o espírito poético e mágico do romanceiro popular do Nordeste e das gravuras em madeira do Nordeste brasileiro. Uma vez estimulados à busca e à decifração do enigma, surge o momento em que cada artista deve trilhar o seu caminho numa viagem solitária e que só poderá empreender com seus próprios pés. É essa viagem que Côca Torquato vem realizando de uns anos para cá, com a minha aprovação e minha bênção”, afirma Ariano Suassuna.

As porcelanas e aquarelas de Côca mostram seu espírito curioso e inventivo, com pássaros em meio à vegetação, sempre em movimento, em busca. Em sua maioria, os pássaros estão em pares, ou bandos, reforçando o compromisso da artista com a fraternidade, a amizade e o amor ao próximo. Côca explora cores, com tons terrosos misturados a um azul forte e em variadas tonalidades, como preto, marfim, vermelho e branco. Neste conjunto de obras, a artista desenvolve um trabalho baseado em memória e imaginação, onde traços livres e pinceladas precisas dão forma a uma pintura contemporânea. A exposição “Só para ver-te agora são meus olhos” tem curadoria de Ignês Meneleu Fiuza e expografia e produção de Túlio Paracampos.

 

Sobre Côca Torquato

Maria do Socorro Torquato Maia, ou Côca, como assina seus trabalhos, nasceu em Parambu, Ceará, em 26 de abril de 1958. Autodidata, executa trabalhos artísticos desde jovem, assumindo profissionalmente seu talento em 1992. Colaborou com o Jornal O Pão, ilustrou livros e cordéis, e atua como desenhista, pintora e escultora. Desde 1996, dedica-se à produção de cerâmicas vitrificadas.

Sua produção artística está intimamente ligada ao Movimento Armorial, criado por Ariano Suassuna, que busca uma arte erudita a partir das raízes da cultura nordestina. Côca é uma autoridade no conhecimento e manejo técnico da cerâmica, com uma oficina bem equipada para seu trabalho, que resulta em obras de bom gosto e sensibilidade estética.

Côca Torquato realizou diversas exposições individuais e coletivas em capitais brasileiras como Fortaleza, Natal, Recife e Brasília. Em 2003, expôs em Portugal, em Lisboa e no Porto, e teve seu trabalho “Estandartes das Tribos de Israel” exposto na Casa da América Latina, em Paris, por mais de três meses, por iniciativa do Collège de France.

 

Período de exibição: 15 de março de 2025 a 23 de maio de 2025.

♦ Acesso ao catálogo via repositório institucional da UFC: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/80385

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