Barrica: desenhista, pintor e ceramista
Vasta coleção de desenhos, pinturas e peças em cerâmica revelam o grande talento de um dos artistas mais ilustres do nosso Estado
Muitos artistas usam de forma criativa e harmoniosa diferentes cores na produção de suas obras. O post de hoje será dedicado a um deles: o cearense Guilherme Clidenor de Moura Capibaribe, mais conhecido como Barrica.
QUEM FOI?
Algumas fontes de pesquisa informam que ele nasceu no dia 10 de março de 1908, no Crato; outras afirmam que foi em 1913, em Juazeiro do Norte.
Ainda menino, mudou-se com sua mãe para Fortaleza.
A partir da década de 1920, conhece o fotógrafo Valter Feliciano e os pintores Carlos Felinto Cavalcante, Gerson Faria, Otacílio Azevedo e Pretextato de Bezerra, entre outros artistas.
Conviver com essas celebridades contribuiu significativamente para despertar em Barrica um profundo interesse pelo universo das artes.
Autodidata, iniciou sua carreira na década de 1930 pintando retratos fotográficos. Não demorou muito para interessar-se pelo desenho e pela pintura, dedicando-se incansavelmente a essas duas expressões artísticas.
Em 1935, realizou sua primeira exposição individual em solo pernambucano. Somando-se a esta, muitas outras, individuais e coletivas, foram realizadas em diferentes cidades brasileiras nos anos seguintes.
SUA OBRA
Em toda a sua trajetória artística, produziu uma vasta coleção de desenhos, pinturas e peças em cerâmica.
O uso do contraste de cores tornou-se uma marca registrada na produção de suas obras. Diferentes tons de verde, azul, vermelho, roxo, amarelo e laranja, entre outras cores, estão presentes na composição de figuras humanas, paisagens e cenas marinhas, urbanas e rurais. As peças em cerâmica, trabalhadas com muito requinte, destacam-se por seu formato irregular e refinado acabamento.
A paixão por sua arte nutria em seu espírito um profundo zelo por seu trabalho.
Irrequieto, buscava conhecer novas técnicas e procedimentos para aprimorar cada vez mais o requinte de suas obras.
Tanta dedicação resultou no reconhecimento de seu grande potencial, fato que o destacou como um dos artistas mais requisitados do País.
Além de ser um exímio desenhista, pintor e ceramista, Barrica participou ativamente da criação do Centro Cultural de Belas Artes (CCBA), em 1941, e da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP), em 1944.
No dia 8 de abril de 1993, seus dias chegam ao fim, sendo sepultado no cemitério São João Batista.
Parte de sua produção artística integra o valioso acervo do Mauc. Faça-nos uma visita e conheça de perto seu belíssimo trabalho!
Por Carlizeth Campos
Assistente em Administração