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2019.11 – Museu de São Paulo atua há mais de 15 anos na disseminação da cultura afro-brasileira no nosso País

O mês de novembro está terminando e com ele encerra-se a série de quatro publicações sobre a história do negro no nosso País, suas lutas e conquistas.
Na publicação de hoje você conhecerá um importante museu de São Paulo que há mais de 15 anos dedica-se à difusão da cultura africana e afro-brasileira no nosso País. Você faz ideia de que museu estou falando? Do Museu Afro Brasil!

Localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, dentro do mais famoso parque de São Paulo, o Parque Ibirapuera, o Museu conserva, em 11.000 m2, um rico acervo com mais de 6.000 obras.
Entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século XV e os dias atuais, o Museu Afro Brasil proporciona aos seus visitantes um amplo conhecimento sobre o vasto universo da cultura africana e afro-brasileira registradas em 6 núcleos temáticos.

O núcleo “África: Diversidade e Permanência” ressalta a riqueza cultural, histórica e artística dos povos africanos por meio de obras que vão desde máscaras e estatuetas feitas em madeira, bronze e marfim até vestimentas bordadas em fios de ouro, todas originárias de diferentes países e grupos culturais, como Bamileque (Camarões), Tchokwe (Angola) e Iorubá (Nigéria), entre outros.

O núcleo “Trabalho e Escravidão” tem como objetivo primordial ressaltar a importante contribuição dos africanos para o desenvolvimento dos ciclos econômicos durante o período da escravatura. Pinturas, gravuras, esculturas, documentos e outros objetos ligados ao mundo do trabalho, tais como máquinas de moer cana, fôrmas para fabrico do açúcar e ferramentas de carpinteiros e ferreiros, são itens que retratam esse importante momento histórico do nosso País.

A tradição religiosa brasileira de matriz africana tem seu espaço de representatividade no núcleo “As Religiões Afro-Brasileiras”. Visões de mundo e da mitologia africana são ressaltadas por meio de rica iconografia, com destaque ao panteão de santos, orixás e outras entidades cultuadas no Brasil.

O núcleo “O Sagrado e o Profano” aborda sobre as festividades ligadas ao sagrado que eram vistas pelos negros como uma oportunidade de celebrar suas tradições e assim manter sua identidade cultural. Essas festas eram celebradas no espaço festivo da rua durante todo o período colonial. A congada e o maracatu são festas populares que remetem a esse período.

No núcleo “História e Memória” o visitante tem a oportunidade de conhecer a trajetória de importantes personalidades negras que se destacaram em diversas áreas do conhecimento, desde o período colonial até os dias de hoje.

O núcleo “Artes Plásticas: a Mão Afro Brasileira” expõe obras que perpassam diferentes períodos da arte no Brasil, desde o Barroco até a Arte Contemporânea. Neste espaço o visitante apreciará obras de Roberto da Silva, Rosana Paulino, Rubem Valentim, Mestre Didi, Gerard Quenum, Zinkpé e Melvin Edwards, entre outros artistas plásticos.

Como você pode ver, o Museu Afro Brasil dispõe de um imenso repertório documental que enriquece nossa visão de mundo sobre a cultura dos povos africanos. Maiores informações sobre este brilhante trabalho no site da Instituição: www.museuafrobrasil.org.br.

Por Carlizeth Campos, com a colaboração de Kathleen Silveira (seleção de imagens), ambas Assistentes Administrativas do Mauc.

27/11/2019

*Por motivos técnicos esta página não possui imagens. O suporte de TI da Universidade está resolvendo esta situação.

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