2019.12 – Organização não-governamental promove há 27 anos um belo trabalho sociocultural na região do Cariri
Numa região muito famosa por seus mitos, religião, beleza natural e jazidas de fósseis, uma rádio comunitária traz música e muita animação para os moradores de Nova Olinda, uma pequena cidade do Sertão Nordestino localizada na Chapada do Araripe, estado do Ceará. E sabe quem gerencia tudo nesta rádio? As crianças! Incrível, não é? Elas são responsáveis pelo manejo dos aparelhos, locução e escolha da programação.
Graças à nobre iniciativa de uma organização não-governamental cearense fundada em 19 de dezembro de 1992, essas e muitas outras crianças têm a oportunidade de desenvolver seu talento em vários campos do saber. Você faz ideia de que organização estou falando? Da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Cariri! Vamos saber mais sobre esta história?
Tudo começou quando o músico e pesquisador Alemberg Quindins decidiu restaurar a casa que pertenceu ao seu avô para armazenar peças arqueológicas com o objetivo de mostrar às pessoas que a história da formação do povo brasileiro vai além da colonização portuguesa.
Quando ele começou a trabalhar na restauração da casa com sua esposa Rosiane Limaverde, algumas crianças, cheias de curiosidade, aproximaram-se do local e rapidamente engajaram-se no propósito de ajudar o casal na atividade de restauração da casa e armazenagem das peças. Aos poucos tudo foi tomando o seu lugar e novas ideias foram surgindo, com a importante colaboração das crianças que chegavam à casa.
Hoje, jovens, crianças e adolescentes encontram nos laboratórios de conteúdo da Instituição (biblioteca infanto-juvenil, gibiteca, dvdteca e rádio) um espaço ideal para perceber e entender o mundo que os rodeia por meio do saber; saber para aprender a aprender e para produzir o conhecimento. Nas atividades realizadas nesses espaços, cada participante descobre que um filme não é só um filme; é um apanhado de informações sobre a cultura que é retratada, um conjunto de enquadramentos e cenas; é luz, é fotografia. Ele também descobre que gibis são história, narrativa; começo, meio e fim de um roteiro. Outra descoberta importante para ele é a compreensão de que os livros remetem o leitor a mundos particulares e promovem o bem-escrever.
Todo o conhecimento adquirido nos laboratórios de conteúdo ganha vida nos laboratórios de produção, fazendo surgir novos gibis, vídeos, cartazes, músicas para as bandas e textos para o site da Instituição. É assim que a Fundação Casa Grande promove há 27 anos a inserção desta turminha no universo da arte, contribuindo significativamente para o desenvolvimento sociocultural do nosso Estado. Maiores informações sobre este excelente trabalho no perfil da Instituição no Facebook: https://pt-br.facebook.com/fcgmhk.