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2021.02 – Romance pré-modernista de um brilhante escritor carioca narra a saga de um patriota que lutou incessantemente por seus ideais nacionalistas

Peça gráfica em verde e branco com um cartaz do filme ligeiramente deslocado para a esquerda. Na parte superior direita lê-se #ficaadica sessão pipoca. Na parte inferior direita está a logomarca do Mauc. No centro do cartaz azul, dentro de uma forma retangular está a fotografia de um homem e uma mulher, lado a lado sorrindo. A mulher está com um vestido amarelo e um chapéu preto e está com uma das mãos no peito do homem. O homem está de paletó branco, colete e gravata marrom, usa um chapéu e empunha uma bengala para o alto. Abaixo da fotografia lê-se Policarpo Quaresma, herói do Brasil. Ao lado da fotografia do homem lê-se Paulo José e ao lado da fotografia da mulher lê-se Giulia Gam.

Cartaz do filme “Policarpo Quaresma, héroi do Brasil”, de Lima Barreto. Peça gráfica, 2021. (Foto: Mauc).

No post de hoje vamos conversar um pouquinho sobre o romance pré-modernista brasileiro “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, uma das obras mais emblemáticas do brilhante escritor carioca Lima Barreto. Publicada em 1915, a obra narra a história de um personagem que tem um amor profundo por seu país, enfrentando, em nome desse amor, grandes dificuldades que não o impediram de lutar por um Brasil bem melhor e mais justo.

Morando com sua irmã Adelaide, Policarpo atuava como funcionário público no subúrbio do Rio de Janeiro. Valorizava tudo o que era produzido no País, desde roupas e alimentos até livros de autores nacionais. Dedicou toda a sua vida ao nobre propósito de fazer do Brasil um país forte e independente, livre da influência de outros países.

Um dos seus maiores sonhos era fazer do tupi-guarani a língua oficial do Brasil. Ideia energicamente rejeitada pela maioria dos membros do Congresso Nacional da época. Tentando provar que isso seria possível, Policarpo terminou por ser considerado um louco, sendo internado em um sanatório, onde ficou por seis meses.

Concluindo que não conseguiria mudar o Brasil pela cultura, decidiu abandonar a capital federal para dedicar-se a um novo sonho de emancipação nacional por meio da agricultura, acreditando que no Brasil tudo o que se planta dá. Mais uma vez, seu sonho não logrou o resultado esperado: o solo do sítio era inapropriado para o plantio; e as saúvas, que surgiam aos milhares, complicavam ainda mais a situação.

Ao receber a notícia de que uma revolta estava para eclodir na capital federal, Policarpo decide abandonar o sítio e partir para lutar por seu país. Seu esforço é recompensado com o título de traidor, custando-lhe a vida.

A saga deste grande herói nacional, fruto do excelente trabalho literário de Lima Barreto, ganhou uma versão cinematográfica em 1998 com o título “Policarpo Quaresma, heroi do Brasil”. Dirigido por Paulo Thiago, o longa nos convida a conhecer os dramas vividos por Policarpo, na sociedade burguesa carioca dos primeiros anos do Regime Republicano brasileiro. No elenco, Paulo José (Policarpo Quaresma), Bete Coelho (Adelaide), Ilya São Paulo (Ricardo Coração dos Outros), Cláudio Mamberti (Coleoni), Giulia Gam (Olga), Jonas Bloch (Dr. Mendonça), Fernando Eiras (Armando Borges), Chico Díaz (Felizardo), Othon Bastos (Floriano Peixoto), José Augusto Loureiro (Tenente Antonino), Tonico Pereira (Bustamante), entre outros, dão vida e emoção à obra de Lima Barreto. Se você ainda não leu o livro, certamente vai desejar lê-lo após acompanhar cada minuto desta superprodução cinematográfica nacional!

Filme disponível em sites de entretenimento! Classificação: 14 anos.

Por Carlizeth Campos

Assistente em administração do Mauc

26/02/2021

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