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Museu de Arte da UFC – Mauc

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2021.02 – Romance urbano de José de Alencar reflete sobre as barreiras que a figura feminina enfrentou na sociedade burguesa da segunda metade do século XIX

Peça gráfica com um fundo dividido na diagonal, do lado esquerdo branco e a logo do Mauc no canto inferior direito, do lado direito a cor é verde claro onde temos o dizer "#ficaadica sessão pipoca". À esquerda temos o cartaz do filme: a fotografia de uma cena em que temos sobre a cama 3 pessoas, um homem que beija a nuca de uma mulher que está deitada ao seu lado enquanto acaricia a cabeça de outra que está deitada em suas pernas olhando para o alto, ao fundo temos uma parede de madeira, ao centro do cartaz o nome do filme na cor branca, delineado de preto, com destaque para "Lucíola" que aparece com letras grossas, na parte superior temos numa pequena moldura, a fotografia de um casal, ao lado desta moldura os nomes de atores e atrizes desse filme.

Cartaz do filme: “Lucíola: o anjo pecador”

Depois de conversarmos um pouquinho sobre duas belíssimas obras indianistas de José de Alencar nos posts anteriores, que tal refletirmos sobre outra obra deste brilhante escritor cearense? Trata-se do livro “Lucíola”, um dos romances urbanos de José de Alencar que exalta a figura feminina em um contexto histórico onde a burguesia da segunda metade do século XIX dita suas regras.

A obra gira em torno da história de Lúcia, uma linda moça de 19 anos que perdeu praticamente toda a família ainda na adolescência por causa do surto de febre amarela ocorrida em 1850.
Sem recursos para cuidar dos parentes que haviam contraído a doença, Lúcia recorre a Couto para ajudá-la. Ele exige que em troca ela se deixe seduzir por ele. E isso se repete por várias vezes, sem que a família de Lúcia saiba.

Quando seu pai descobre, Lúcia é expulsa de casa. Para sobreviver, passa a frequentar a corte carioca. Envolve-se com os homens da elite do Rio de Janeiro da década de 1850, tornando-se a cortesã mais bela e mais rica da sociedade da época.

Chega ao Rio de Janeiro o advogado pernambucano Paulo da Silva, rapaz de 25 anos que sonha em ter uma vida promissora na movimentada cidade. Ao deparar-se com Lúcia, fica encantado com sua beleza angelical. Conversando sobre ela com Sá, seu melhor amigo, Paulo descobre que Lúcia é uma das meretrizes da corte. Tentou afastar-se dela mas após alguns dias decidiu visitá-la. Não conseguia compreender como uma moça tão meiga, frágil e de uma pureza de espírito estonteante poderia ser a mais rica e bela meretriz daquele lugar!

A aproximação entre os dois os unia cada vez mais e esclarecia as dúvidas que pairavam na alma de Paulo. Mas as regras que ditavam o comportamento da sociedade da época suscitavam alguns conflitos entre os dois. Será que o amor que une esses dois corações vai conseguir superar tantas barreiras? A resposta para esta e muitas outras perguntas você vai encontrar nas páginas deste excelente romance urbano de José de Alencar.

Publicado em 1862, ganha sua primeira versão cinematográfica em 1975, intitulada “Lucíola, o Anjo Pecador”. Dirigido por Alfredo Sternheim, o filme traz como atores principais Carlo Mossy (Paulo), Rossana Ghessa (Lucíola), Clemente Viscaíno (Sá) e Helena Ramos (Nina), entre outros.

Se você já leu o livro, aproveite para verificar as singularidades e discrepâncias que existem entre a obra literária e sua versão cinematográfica! Se ainda não o leu, certamente vai desejar lê-lo depois que acompanhar cada minuto desta superprodução nacional!

Filme disponível em sites de entretenimento. Verifique a classificação indicativa.

Por Carlizeth Campos
Assistente em Administração do Mauc
19/02/2021

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