2020.10 – Filme dirigido por um talentoso cineasta iraniano em 2010 traz alguns questionamentos sobre o universo da arte que são, no mínimo, intrigantes
Você acha que a arte é original por si mesma? O que concede à arte o status de originalidade? É possível que a cópia na arte assuma o status de autenticidade? Esses e muitos outros questionamentos estão presentes no filme hoje. Vamos conhecer sua história?
Na cidade italiana de Toscana, algumas pessoas aguardam ansiosamente a palestra de lançamento do novo livro do escritor inglês James Miller, intitulado “Cópia Fiel”. Chegando atrasado, muito atrasado no evento, James inicia a apresentação de sua obra com um discurso sobre o valor da cópia na arte, defendendo a tese de que, se a cópia for realmente fiel, nada impede que ela alcance o status de uma obra original. Tudo vai depender do contexto e dos olhos de quem a vê.
Suas ideias chocam com o ponto de vista de Elle, uma francesa que mora com seu filho de 8 anos na Itália há muito tempo. Dona de uma galeria de arte, Elle decide expor o que pensa sobre o assunto.
Em momento oportuno, Elle o convida para um passeio nas ruas da comuna italiana de Lucignano e eles retomam a discussão levantada na palestra.
Ao chegarem em um café, são confundidos como marido e mulher. Ambos decidem fingir que isso é verdade, assumindo papéis que contribuem para uma maior aproximação entre os dois. Será que essa ilusão (ou cópia da realidade) vai assumir um caráter original em suas vidas? Ou tudo não vai passar de uma mera cópia que durou apenas uma tarde?
Quer descobrir? Então não deixe de curtir neste final de semana cada instante de “Cópia Fiel, do talentoso cineasta iraniano Abbas Kiarostami. Produzido em 2010, o longa traz como atores principais William Shimell (James Miller) e Juliete Binoche (Elle).
Verifique a classificação indicativa.
Por Carlizeth Campos, Assistente em Administração do Mauc.
02.10.2020