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Museu de Arte da UFC – Mauc

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Mauc aberto neste sábado(20) com novas exposições

Data da publicação: 16 de agosto de 2022 Categoria: Abertura de Exposição, Exposição, Notícias

O Museu de Arte da UFC – Mauc irá abrir neste sábado (20), das 9h às 13h, para abertura de novas exposições temporárias e uma versão compacta da mostra “Sempre Fomos Modernos”.

 

Sempre Fomos Modernos – versão compacta

A mostra comemora o centenário da Semana de Arte Moderna, os 60 anos de fundação do Mauc e os centenários de nascimento dos artistas Aldemir Martins e Antonio Bandeira. Unidos pelos fios conectores do movimento modernista, reconhecido na Semana de Arte Moderna de 1922, todos os artistas que integram a exposição apresentam obras que romperam com os padrões do tradicionalismo vigente em suas épocas, movidos pela experimentação com liberdade estética, na intenção de modificar os modos de pensar e de viver, avaliar as identidades individuais e coletivas.

Até julho deste ano, quando foi encerrada, “Sempre Fomos Modernos” foi vista por mais de duas mil pessoas, por este motivo, o Mauc decidiu reabrir a mostra para contemplar outros públicos que não puderam visitar antes.

“Sempre Fomos Modernos” tem a curadoria de Antonio Wellington de Oliveira Júnior (Professor Associado da UFC) e Eliezer Nogueira do Nascimento Júnior (Doutor em Design ESDI/UERJ) e é uma realização do Museu de Arte da UFC, do Programa de Pós-Graduação em Artes – PPGARTES-UFC, do Laboratório de Investigação em Corpo, Comunicação e Arte – LICCA e da Secretaria de Cultura da UFC – Secult com o apoio da Coordenadoria de Comunicação e Marketing Institucional da UFC, Fecomércio – SESC e SENAC, Imprensa Universitária, Instituto de Cultura e Arte – ICA, Memorial da UFC, Núcleo de Comunicação do Mauc, Núcleo Educativo do Mauc, Prefeitura do Benfica, Prefeitura do Benfica, Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará – Sintufce, Pró-Reitoria de Extensão – PREX, Pró-Reitoria de Planejamento e Administração – PROPLAD, Pró-Reitoria de Relações Internacionais e Desenvolvimento Institucional – Prointer e Superintendência de Infraestrutura e Gestão Ambiental – UFC INFRA.

 

Cadeiras: conexões afetivas entre design, tempo e história

O Memorial da Universidade Federal do Ceará (UFC) propõe a exposição de cadeiras que fizeram e fazem parte de sua história na mostra “Cadeiras: conexões afetivas entre design, tempo e história”. Os itens selecionados para a mostra integram o acervo mobiliário do Memorial da UFC, com destaque para cadeiras de diferentes períodos do percurso da UFC, que apresentam vestígios das transformações ocorridas ao longo destes mais de 67 anos de existência. A mostra tem por finalidade divulgar o acervo museológico do Memorial da UFC e fomentar reflexões referentes aos usos e apropriação do mobiliário no âmbito universitário, seja em atividades de ensino, pesquisa, administrativa ou diplomática. As cadeiras, acessórios indispensáveis às necessidades ergonômicas, permitem refletir sobre sua utilização, considerando questões econômicas, sociais e culturais dos usuários.

A exposição “Cadeiras: conexões afetivas entre design, tempo e história” elaborada pelo Memorial da UFC ocorrerá no período de 22 agosto a 23 de setembro, com abertura prevista para o dia 20 de agosto. A mostra contará com 30 exemplares de cadeiras pertencentes à UFC e itens documentais do acervo fotográfico do Memorial que fazem referência à história do mobiliário dentro da Universidade, possibilitando ao visitante reflexões acerca dos usos do mobiliário na instituição.

 

 

Nicia Bormann – Um o l h a r sobre a paisagem

Mauc apresenta um panorama sobre a atuação da arquiteta, urbanista, paisagista e artista visual Nicia Bormann

Acervo vivo: exposição foca momentos de uma trajetória artística e profissional

A exposição apresenta um panorama sobre a atuação da arquiteta, urbanista, paisagista e artista visual Nicia Bormann. Um convite para conhecer a produção – pensamento de uma mulher artista, professora e pesquisadora que se manifesta no delicado trânsito entre as artes, as arquiteturas e o paisagismo.

Dos anos de 1960 aos dias atuais, o arco de tempo da mostra “Nicia Bormann – um o l h a r sobre a paisagem” se desenha entre o reconhecimento da própria artista de seu interesse pela paisagem como um eixo, se não de todo gerador, delineador da sua atuação, e um convite aberto à cidade para ”descobrir” a trajetória dela e de outras realizadoras. Uma contribuição à identificação e reconhecimento de pessoas – mundos que são acervos vivos.

 

Primeira individual Nicia Bormann reunindo artes, arquiteturas e paisagismo

É a primeira individual na qual Nicia chega ao público com a permeabilidade que lhe é característica, entrelaçando artes visuais, arquitetura e paisagismo. Se pensarmos que a atuação pública das mulheres é ainda hoje invisibilizada, a exposição nos diz de silêncios social e historicamente construídos.

Instalação com vegetação traz elemento básico em paisagismo: o desenho do piso

Aquarela, desenho, cerâmica, fotografia, gravura. Croquis, plantas. Diferentes técnicas, suportes, aplicações. A mostra traz a permeabilidade da atuação Nicia Bormann em áreas e linguagens que nos remetem também à sua atuação como professora na UFC e UnB, aos movimentos iniciais do paisagismo no Ceará e à autoria de projetos que se inscrevem como espaços públicos de usos cotidianos em Fortaleza.

No Mauc, além de aquarelas, desenhos de observação, esboços e gravuras, a mostra apresenta uma instalação no piso com vegetação, madeira, ladrilho e cerâmica; fotografia, croquis e plantas de trabalhos arquitetônicos e paisagísticos; publicações sobre vida & obra da múltipla Nicia; mobiliário.

Conta com textos da artista, da curadora Izabel Gurgel e das pesquisadoras Érica Martins (autora da dissertação de mestrado em Arquitetura e Urbanismo na UFC sobre a trajetória Nicia Bormann) e Fernanda Rocha (sua dissertação de mestrado sobre a obra em Fortaleza do paisagista Burle Marx em breve será publicada em livro). Então estudante de Arquitetura no Rio, Nicia foi estagiária do escritório Burle Marx ao tempo da realização do Aterro do Flamengo.


Sistemas tradicionais de construção e casas de fazenda: ode à luz e à ventilação

A mostra tem trabalhos em arquitetura que fazem uso de em sistemas tradicionais de construção, como o uso da carnaúba, por exemplo, e se inspiram em casas de fazenda; cita os projetos de Nicia do Jardim da Biblioteca e do Pavilhão Antônio Martins Filho, no Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFC, vizinho ao Mauc.

A exposição se expande também na cidade: são de sua autoria o Bosque Eudoro Correia, na Aldeota, que passou por reformas e se tornou a Praça das Flores; e a atual Praça José de Alencar, projeto do qual participou o arquiteto Francisco Navarrete. Trabalhar em colaboração é uma forte marca sua.

 

Artes visuais, arquitetura, paisagismo: múltipla Nicia tem trajetória singular

Nicia Bormann nasceu no Rio de Janeiro, a 6 de dezembro de 1941. Com mãe do Paraná, pai de origem cearense e militar, viveu em várias cidades, o que lhe deu experiências distintas de espaços e lugares. Manteve ao longo da vida o gosto por desenho manifesto ainda criança.

Graduada em Arquitetura pela Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil, atual UFRJ, especialista em Paisagismo pela USP e mestra em Planejamento Urbano pela UnB. Exerceu cargos na administração pública municipal no Rio e em Fortaleza. Na UFC, atuou na Divisão de Obras e foi a primeira mulher professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo. Lecionou no Instituto de Arquitetura e Urbanismo da UnB e na Especialização em Paisagismo da Unifor. Fundadora do escritório Oicos Arquitetos Associados, na Praia de Iracema.

Tem vasta vivência em artes plásticas. Frequentou o ateliê de Leda Watson em Brasília, e, sob a supervisão de Marilia Rodrigues, o núcleo de gravura da UnB. Associada a grupos de gravadoras e gravadores, participou de coletivos em Brasília e em outros estados. Produz aquarelas com maestria, um saber desenvolvido desde a graduação. De volta a Fortaleza, associa-se a grupos locais, dentre eles os oicosadores (grupo Oicos) do qual faz parte hoje. Nicia participa da exposição do grupo no Mauc simultânea à sua individual, que se realiza a convite da museóloga Graciele Siqueira, diretora do museu. É uma afirmação do interesse em perguntar sobre (e ampliar) a presença de artistas mulheres no acervo da instituição.

 

Oicos

Mostra com foco na produção coletiva do Grupo Criativo Oicos, em diversas técnicas e suportes, demonstrando o desprendimento de cada um sobre seu trabalho, gerando inusitadas conjunções e combinações de ideias e criatividade. Cerca de 60 trabalhos elaborados coletivamente ou em parcerias, nas técnicas de escultura, cerâmica, ourivesaria, bordado, gravura, fotografia, desenho, aquarela e pintura.

 

GRUPO CRIATIVO OICOS
Desde 2014 convivemos trocando ideias e experiências e realizando trabalhos em parceria. A partir de então, paralelamente as nossas produções individuais, mantemos encontros e oficinas regulares, o que vem fortalecendo nosso coletivo de arte. São exercícios de criação, aprendizado e ensinamento.

ARTISTAS
Cecilia Bichucher, Cláudio Quinderé, Nícia Bormann, Túlio Paracampos, Vera Dessart, Vera Sampaio, Wilson Neto

TEXTO DE APRESENTAÇÃO
O Grupo Criativo Oicos se forma em 2014 a partir de uma conexão espontânea entre oito pessoas impulsionadas pelo interesse em arte. Desenvolvemos ações coletivas alicerçadas por uma especial amizade que pressupõe afinidades, empatias e sintonia de afetos, num rico processo de troca de saberes e novas experimentações conjuntas, cuja motivação é uma energia que se multiplica, que motiva e inspira novos voos.

Aqui todos são cada um e há um tanto de um no outro: artistas jovens e maduros, transgressores dos padrões estabelecidos, alheios a referências de tempo e espaço, que se valem da arte para bem viver vivendo de arte.

Os trabalhos desta exposição são fruto de uma imersão criativa do grupo em encontros de partilha e troca, produzidos de forma efetivamente coletiva e/ou em parcerias, utilizando diferentes técnicas e suportes. O processo da produção do conjunto dessas obras traz na sua essência a verdadeira expressão de desprendimento e liberação na criação, pois um artista inicia o processo e libera para que os demais interfiram até a finalização da peça. Somos audaciosos, desafiamos nossos próprios limites e embarcamos na viagem alheia.

Acreditamos que a arte tem sobretudo o poder de agregar, instigar e animar a vida, por isso ousamos propagar um fazer artístico que nos remeta a uma frequência luminosa de beleza e liberdade.

Ignês M. Fiuza

 

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SERVIÇO
Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará – Mauc
Horário: de segunda a sexta feira, das 8 às 12h e das 13 às 17h
Av. da Universidade 2854 – Fortaleza/ CE
Entrada e estacionamento gratuitos
Aberto a todos os públicos

Abertura das exposições: dia 20 de agosto de 2022, das 9h às 13h

Excetuando Sempre Fomos Modernos, que fica em cartaz até 03.01.2023, todas as demais exposições ficam em cartaz até dia 23 de setembro de 2022

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