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Museu de Arte da UFC – Mauc

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Quem foi Chabloz

Pintor, desenhista, crítico de arte, pedagogo, músico e propagandista, Jean Pierre Chabloz, nasceu em Lausanne, na Suíça, em 1910. Foi bacharel em Letras, estudou na Escola de Belas Artes de Genebra e participou dos cursos de Desenho a Serviço da Educação e Filosofia do Desenho com Artus Perrelet. Em 1940, surpreendido pela Segunda Guerra Mundial, veio para o Brasil.

Acompanhando a esposa Regina e a filha Ana Maria, fixaram residência no Rio de Janeiro, no bairro de Santa Tereza. Realizou exposições no Rio de Janeiro em 1940 e no estado de São Paulo em 1942, além de conferências no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio. Tendo ainda uma série de aulas de desenhos publicadas pela revista Gibi. Por volta de 1943, mudou-se para Fortaleza, entre outros motivos, à convite do amigo suíço George Rabinovich, representante dos interesses americanos na batalha da borracha. Tornou-se membro do SEMTA (Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia), produzindo cartazes, brochuras, cartilhas, opúsculos e estudos à lápis, guache, nanquim e aquarelas. Chabloz era responsável pela parte visual da propaganda do SEMTA.
Seus cartazes buscavam convencer os cearenses e justificar o processo de migração do elevado número de pessoas para a região
 Amazônica. Desenvolveu atividades ligadas à arte e à cultura do Nordeste. Desempenhou ainda seu papel de jornalista escrevendo crônicas artísticas para o jornal O Estado, e deu aulas de violino no Conservatório Alberto Nepomuceno. Com o propósito de inserir o modernismo artístico no Ceará, foi formada em 1944, a Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP).

Chabloz foi membro, assim como outros artistas, contudo, manteve a posição de crítico em relação à Sociedade. Difundindo suas obras no Brasil e no exterior, Chabloz voltou à Europa outras vezes, carregando sempre uma volumosa bagagem de livros, pinturas e desenhos na ida à Suíça e volta ao Brasil. Descobriu e deu impulso à produção de mais de quarenta obras do pintor, Francisco Domingos da Silva, mais conhecido como Chico da Silva, da região do Alto Amazonas. Um artista primitivo que pintava usando carvão, giz e cacos de telhas, as paredes das casas dos pescadores.

Escreveu ainda sobre o artista descoberto, um artigo intitulado? Um índio brasileiro reinventa a pintura?. Por ter prestado serviços de grande prestígio ao povo fortalezense, em 1964, Chabloz recebeu da Câmara Municipal, o título de cidadão de Fortaleza. Apesar dos fortes laços de amizade, Chabloz deixa a capital do Ceará para morar em Niterói, um motivo de orgulho para a cidade. Em 1984, falece o grande artista Jean Pierre Chabloz, deixando seu magnífico acervo de obras no Museu de Arte da UFC – MAUC. 

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