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Universidade Federal do Ceará
Museu de Arte da UFC – Mauc

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Exposição 1973.06 – J. Figueiredo – 29/11/1973

Um Artista em Várias Fases

A pintura de J. Figueirêdo sempre se caracterizou pela simplicidade da composição, pela síntese das linhas dentro de uma poética muito sincera.

Ele afasta-se da linha e da composição esquemática com felicidade e determinação, abandonado que está à expansão da cor e do puro jogo das massas. O seu trabalho é uma realização de Pintor, onde o que se valoriza é a possibilidade de luz e de prazer sensorial das massas, elaboradas com uma técnica pura, usando cores que, apesar de fortes em textura, são cores filtradas com suavidade pela mão de um artista arraigado na alma de seu povo. Dos trabalhos presentes nesta exposição, facilmente se poderá observar o ritmo de brancos e cinzentos, cores são freqüentes e prediletas entre a gente do povo do litoral do nordeste.

Figueirêdo é um poeta das cores (ainda faz poesia concreta?) sem pieguismo nem tristeza, porém com uma alegria interior de quem tem sempre muita coisa bonita para dizer.

Heloísa Juaçaba

J. Figueiredo é um artista com largo tempo de serviço no setor da arte e sua sensibilidade ainda vibra frente a um novo caminho estético e o vai conduzindo pelos caminhos vários de sua vivência artística já longa e sempre jovem. E assim, apesar desse convívio já duradouro com as coisas da arte, Figueirêdo continua insatisfeito e procurando descobrir-lhe novas facetas, novos encantos, ou novas formas de composição e criação artística e por certo que encontrará.

Estrigas

J.Figueiredo é o anatomista das formas e das cores, o mecânico que manipula na oficina do geométrico e rigidez matemática das linhas e dos contornos definidos, criando um novo habitat COR/ÓTICO, uma nova linguagem pictórica, onde a metáfora plástica cede ante a força da análise objetiva dos fatos que circundam o artista.

Eusélio de Oliveira

Primando pelo equilíbrio dos planos geométricos, rigorosamente estruturados, sugestões das formas cubistas das cores, J. Figueirêdo concebe um mundo novo de símbolos e imagens que é ao mesmo tempo uma partitura musical e poética.

José Alcides Pinto

Seu virtuosismo plástico levou-o, após a aventura concretista, em companhia de Zenon, Estrigas, Goebel Weyne, Arialdo Pinho, no setor das artes; com Girão Barroso, Alcides Pinto, Eusélio de Oliveira e Saraiva Leão, no âmbito das letras, à inquietação da procura formal em que hoje se expressa. Sua vontade de comunicar e recôndita mensagem que a mente concebe e a sensibilidade vislumbra, talvez não adquira perfeita ressonância estrutural com as motivações das formas e das cousas a que nossos sentidos estão afeitos, mas definem a agonia de um artista infenso a qualquer compromisso ou preconceito na ordem do cotidiano, um artista cuja fidelidade está em si mesmo, na pesquisa da verdade latente que intui e experimenta.

Braga Montenegro

…As suas telas, as aquarelas, tudo o que se vê é fruto de um trabalho consciente, de mestre, que sabe a razão por que utiliza determinadas cores, que leva a um mundo admirável onde a arte pura e a inspiração se casam para nos dar obras realmente admiráveis.

Fran Martins

A pintura de J.Figueiredo é toda placidez, repouso, calma, tudo aquilo que, talvez, na agressividade do meio, a vida lhe tenha negado. É um pouco de bálsamo que o artista usa para sarar suas feridas que nos vem, também, repousar a alma. No manejo dos tons frios do azul, do verde e do cinzento, nosso Pintor é insuperável. E como sabe ele, sem quebrar a harmonia do conjunto, jogar na tela, entre a ternura de frios tons de azul e verde, o calor tropical de um vermelhão!

M.Baratta


Biografia

J. Figueirêdo (João Lázaro de Figueirêdo), nasceu em São Luís do Maranhão. Desde criança demonstrou vacação para desenho e pintura. Em 1946 estudou com Santa Rosa. Concluído seu estágio, que foi resultado de uma bolsa de estudos oferecida pelo governo do seu Estado, voltou a São Luís, fundando o atelier “Eliseu Visconti”, tendo como integrantes desse atelier, Floriano Teixeira e Cadmo Silva. Realizou várias exposições individuais e participou de algumas como Salão de Dezembro e Salão dos Novos (Maranhão). 1956 transfere-se para Fortaleza. Atualmente, é secretário Executivo do Curso de Arte Dramática da Universidade Federal do Ceará e professor de Elementos de Cenografia do mesmo Curso.

1953 – Museu de Arte Moderna de Rezende
1956 – Livraria Univrsitária (Fortaleza)
1960 – Associação Cearense de Imprensa
1963 – Galeria Newton Belo (São Luís Maranhão)
1964 – Galeria do Centro de Ciências, Letras e Artes (Campinas. São Paulo)
1971 – Galeria do Ideal Club
1971 – Galeria Gauguin


Exposições Coletivas

1949 – IV Salão de Arte Moderna de Recife
1952 – XVIII Salão Paulista de Belas Artes
1953 – Ministério da Educação (Rio de Janeiro)
1959 – Movimento de Arte Concreta (Fortaleza)
1961 – Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará
1963 – Paisagem cearense. Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará
1963 – Salão oficial da Universidade do Pará
1964 – Poesia e Arte Concreta cearense nos salões do SEGETSU KAIKAN, em Tóquio – Japão, promoção do adido cultural da Embaixada do Brasil.
1972 – Galeria de Arte Universal(Fortaleza)
1972 – Mostra de Arte Jogos Universitários 1972-Galeria Florinda Bulcão
1973 – Galeria UNIFOR

Seus quadros figuram no Museu de Arte Moderna de Rezende, Casa Raimundo Cela, Galeria Gauguin, Mini Museu Firmeza, Biblioteca Pública de São Luís do Maranhão, coleção Florinda Bulcão e outras coleções particulares.
Premiado em Recife, na Exposição Nacional de Pernambuco, Salão de Abril, Salão de Dezembro (São Luís do Maranhão) e Salão Oficial da Universidade do Pará.


Trabalhos Expostos:

1. Paisagem (óleo)
2. Dunas do Mucuripe (óleo)
3. Navio abandonado (óleo)
4. Ancoradouro (óleo)
5. Jangadas (óleo)
6. Jangadas (óleo)
7. Jangadas (óleo)
8. Jangadas (óleo)
9. Jangadas (óleo)
10. Jangadas (óleo)
11. Farol antigo (óleo)
12. Marinha (óleo)
13. Marinha (óleo)
14. Barco ancorado (óleo)
15. Composição (óleo)
16. Composição (óleo)
17. Composição (óleo)
18. Composição (óleo)
19. Navio (óleo)
20. Ponte sobre o mar (aquarela)
21. Morro iluminado (aquarela)
22. Azul dominante (guache)
23. Vermelho dominante (guache)
24. Formas em preto (guache)
25. Laranja dominante (guache)
26. Pentágonos e circunferências (guache)
27. Formas em vermelho e branco (guache)
28. Formas em branco e vermelho (guache)
29. Composição I (guache)
30. Composição II (guache)
31. Formas em preto e vermelho (guache)
32. Amarelo dominante (guache)
33. Marazul (guache)


Catálogo da Exposição J. Figueiredo 1973

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