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Universidade Federal do Ceará
Museu de Arte da UFC – Mauc

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Exposição 1975.02 – Pinturas de Alberon – 19/06/1975

Alberon é um dos pintores cearenses surgidos na década de 60. Programador gráfico, na Imprensa Universitária, já se abria para uma arte mais livre, mais independente da máquina. A proximidade da I.U. com o Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará o levou a um contato direto com a arte que ali se via e com os artistas que por lá andavam e que, por vezes, prestavam serviço na própria I.U. Alberon, pouco a pouco, foi se apercebendo de que poderia se tornar pintor, pois se achava possuidor de aptidões para a arte daqueles que estava conhecendo. O conhecimento com esses artistas foi um incentivo. Mas, artista gráfico que era, Alberon não poderia fugir ao aproveitamento do que, no seu ofício, pudesse ser aproveitado no material, na técnica e outros recursos de execução.. Começou pela tinta de impressão, aproveitando as sobras para fazer sua pintura. Seu trabalho gráfico o colocava frente à composição, ao clichê, à impressão e aliou um tanto dessa experiência ao seu trabalho de pintor e também em gravura.

Participando, ao início, de exposições coletivas, que se iam verificando em maior proporção à medida que o tempo passava, e seu domínio aumentava, Alberon chega a exposições individuais, de maior expressão, dentro de um tempo de maiores experiências e melhores resultados.

Alberon tem prosseguido no seu caminho utilizando o mesmo material e a mesma técnica: a tinta de imprensa, manejada pela espátula ou servindo ao processo de gravura. Num e noutro, realiza-se com unidade. Manifestando-se com inteira liberdade, na sua execução, Alberon conduz-se, e se deixa conduzir, para e por um abstracionismo informal, predominante sobre eventuais formas, servido por um forte jogo cromático que também pode, em outras ocasiões, ser de um lirismo sereno e agradável. Dentro de uma fartura de efeito visual vibrante, energético ou lírico, há uma expressividade intensa, de momentos dramáticos ou ternos, contida na sua pintura máscula que impõe sua presença.

Estrigas

Mini Museu Firmeza – Mondubim – 4/6/1975


Depoimentos

“As tintas não surgiram na vida de Alberon como atendimento a uma precoce vocação irrefutável ou como simples deleite lúdico, instituído à guisa de preenchimento do tempo inútil. Na verdade, elas apareceram integradas ao contexto prosaico, do dia-a-dia, ligadas à compra do pão cotidiano, derramadas em chapas metálicas de impressão, pois Alberon é artífice na nossa Universidade”.

Liberal de Castro
Arquiteto e Professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFC

 

“… Utiliza o artista, nas suas composições, tintas gráficas que são habilmente manejadas pela espátula e jogadas na tela, numa harmonia de tons e de ângulos. Dos exercícios das capas e dos cartões festivos, Alberon consegue atingir, como artista, novas formas de comunicação visual através de uma arte descompromissada com os interesses editoriais”.

Carlos D’Alge
Diretor do Departamento de Cultura e Arte do NAC

 

“… Artista que deve ser melhor conhecido por toda a geração dos novos pintores. Pelo seu senso de pesquisa. Pelo domínio dos elementos com que trabalha. E também pela modéstia despretenciosa, que tem sido sempre um sinal dos grandes homens”.

José Julião
Crítico de Arte

 

– ” Se, como impressor, lida com lâminas e textos linotipados de comunicação verbal, como artista plástico, se sobrepõe ao virtual, ao agregar em formas ilimitadas uma visão cósmica do mundo e do homem como ser engajado na esfera objetiva da vida”.

Eusélio de Oliveira
Crítico de Arte

 

“A fase acentuadamente abstrata de Alberon resulta num jogo de cores, invariavelmente marcado pela inclusão de algum elemento extraído do cotidiano”.

F.S Nascimento
Crítico Literário


Exposições

1963 – ” A Paisagem Cearense”, no MAUC – Fort.-Ce.
1964 – Museu de Arte Popular do Unhão – Bahia
1965 – Gazeta de Notícias – Fort.-Ce.
1965 – XV Salão de Abril – Fort.-Ce.
1966 – I Varal de Artes Plásticas do Ceará – Fort.-Ce.
1966 – XVI Salão de Abril – Fort.-Ce.
1967 – Galeria Raimundo Cela – Centro de Artes Visuais – Fort.-Ce.
1967 – I Salão Nacional de Artes Plásticas do Ceará – Fort.-Ce.
1967 – Centro Acadêmico Clóvis Beviláqua – Fort.-Ce.
1967 – Inauguração da Imprensa Universitária do Ceará – Fort.-Ce.
1969 – XIX Salão de Abril – Fort.-Ce.
1970 – XX Salão de Abril – Fort.-Ce.
1972 – Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará – Fort.-Ce.
1973 – Museu de artes da Universidade Federal do Ceará -“17 artistas no Natal” – Fort.-Ce.
1973 – Jornada Cultural (várias cidades) – Ce.
1974 – Círculo Militar de Fortaleza – Fort.-Ce.
1974 – I Exposição de Comunicação e Arte – Jornal “O Povo”
1974 – Pré-Bienal Nacional – Fort.-Ce.

Individuais

1965 – Galeria Dicaura – Fort.-Ce.
1971 – Náutico Atlético Cearense – Fort.Ce.


Trabalhos Expostos

Óleo s/tela

1. Manifestação da forma
2. Ressureição
3. Êxtase
4. Festa em vermelho para Manuela
5. Festa em azul para Iêda
6. Festa em verde para Silvandira
7. Tormenta
8. Círculo de fogo
9. Teto azul
10. Um reservado para dois
11. Paisagem com dois temas
12. Alcova
13. Portais I
14. PortaisII
15. Jarro e flor
16. Flores para a chegada
17. Janela

Monotipias/Arte Gráfica

18. Paisagem azul
19. Planos superpostos
20. Cidade lilás
21. Abstração
22. Cangaceiro do Nearco
23. Terceira dimensão
24. Silêncio
25. Paisagem I
26. Paisagem II
27. Paisagem III
28. Paisagem IV
29. Caleidoscópio I
30. Caleidoscópio II
31. Campus
32. Prelúdio às flores
33. Canto da nova hora
34. Alvorada
35. Fim de tarde
36. Tempestade I
37. Caminhos para uma nova forma
38. Repouso
39. Paisagem japonesa


Catálogo da Exposição Alberon 1975

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