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Universidade Federal do Ceará
Museu de Arte da UFC – Mauc

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Exposição 2004.04 – Retrospectiva – José Fernandes – 29/06/2004

Em 2001, o nosso mais atuante e mais respeitado historiador e crítico de arte, Estrigas (Nilo Firmeza), afirmava que “J. Fernandes não precisa ser apresentado, mas sua pintura precisa, cada vez mais, ser apreciada, vista e absorvida, pela qualidade e bom gosto que apresenta […] J. Fernandes é uma lição de que a arte de ontem ainda é boa para hoje e amanhã”.

Afinados com a sábia opinião do Mestre de Mondubim, o Instituto de Cultura e Arte – ICA e o Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará – MAUC – promovem, dentro do calendário do Ano Cinqüentenário da UFC e do Centenário do Reitor Antônio Martins Filho, a exposição Retrospectiva, em que apresentam a fecunda trajetória, de mais de sessenta anos, de J. Fernandes nas artes plásticas do Ceará, oferecendo ao público cearense a possibilidade de conhecer sua obra em várias fases e tendências. A exposição Retrospectiva constitui uma justa homenagem da Universidade Federal do Ceará ao cidadão José Fernandes de Alencar, que, de 1961 a 1990, emprestou seu esforço aos trabalhos do MAUC.

Profª Dra Angela Maria Rossas Mota de Gutiérrez
Diretora do Instituto de Cultura e Arte da UFC


José Fernandes, no Azul de sua Chuva

Quem nasce em Fortaleza, destina-se a viver sob o signo do sol e das cores. É o caso de José Fernandes, referência de talento, caráter e tradição das artes plásticas do Ceará. Começou pintando figuras humanas, depois paisagens marinhas, com um assento impressionista e romântico. José Fernandes traduz seus sentimentos numa linguagem simples e um olhar ingênuo sobre a vida. Por essa variedade técnica, logo se destacou como uma das maiores expressões da arte pictórica, não só da Terra da Luz, como de resto, em todo o território nacional. Premiado em 1955, com o quadro CASTIGO IMERECIDO – Medalha de Ouro, no Salão de Abril – teve o reconhecimento do mais tradicional Salão Cearense. Ele não pára. Sonhador, não pode parar. Assim, continua na afirmação de sua obra com equilíbrio, amadurecimento e domínio técnico, com grande destaque dentre os pintores consagrados de sua geração.

José Fernandes é um mestre do simples no azul de seus barcos à espreita da chuva.

Barros Pinho


A Ciência e a Arte

A Ciência faz sábios. A Arte faz deuses.
A Ciência morre onde termina a razão.
A Arte nasce onde a razão termina.
A Ciência estuda a vida. A Arte a exprime.
A Ciência é sábia por sua velhice.
A Arte por sua eterna juventude.
Tudo passa, mas a Arte acompanha o
homem através de todos os tempos,
como testemunha viva da Eternidade.
O verdadeiro artista é de natureza
concentrado. Vive apenas para um fim:
dar vida aos panoramas de seu mundo
interior e pô-los ao alcance de seus
semelhantes, para que possam identificar-se
com ele, nessa comunhão espiritual, que
nos eleva acima das misérias humanas.
Viver sem Arte é como viver sem sol,
sem ar, sem vida.

J. Fernandes


Biografia do Autor

José Fernandes
(Fortaleza – Ce / 1928)

Desenhista e pintor, iniciou-se nas artes plásticas ainda jovem, desenhando nas calçadas do bairro onde residia em Fortaleza. Conduzido ao ateliê de Raimundo Cela, recebeu por algum tempo orientação artística do mestre, especialmente em desenho. Com o retorno de Cela ao Rio de Janeiro, foi apresentado por Jean – Pierre Chabloz a diversos artistas plásticos já iniciados nos movimentos de renovação da arte cearense ocorridos no inicio da década de 40, com os adventos do Centro Cultural de Belas Artes – CCBA em 1941 e da Sociedade Cearense de Artes Plásticas – SCAP em 1944. Começou a participar das diversas edições anuais do Salão de Abril, a partir de 1953 e até 1990, fazendo jus à Medalha de Ouro no XI Salão, em 1955, e a Salas Especiais nos XXV, XXVIII e XXIX Salões Municipais de Abril, 1975, 1978 e 1979, figurando também na Mostra Paralela aos XL e XLI Salões Municipais de Abril, ambos realizados em 1990. Participou ainda das mostras “A Paisagem Cearense” no Museu de Artes da UFC (Fortaleza – Ce 1963), “Quinze Artistas Cearenses” (Crato – Ce 1966).

(Fonte: Firmeza, N. & Montezuma, L. Dicionário das Artes Plásticas do Ceará. Fortaleza: Oboé, 2003)

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