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Universidade Federal do Ceará
Museu de Arte da UFC – Mauc

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Exposição 2022.9 – Revisitando Chico da Silva – 05/10/2022

A Exposição de Bordados Inspirada em Chico

Aprendemos nos processos educacionais de caráter colonialista e eurocêntrico que ainda estamos submetidos, que a origem das artes de trançar fios remonta o período neolítico europeu. Depois, temos notícia de que nos séculos XV e XVI, bordar era uma atividade desenvolvida nos conventos na preparação de ornamentos para as igrejas e vestes sacerdotais. E, na história oficial, com esse objetivo esse ofício deve ter sido transplantado para o Brasil e obteve uma boa receptividade entre os nativos por já cultivarem essa arte.

É certo que, quando aqui chegaram os europeus, no início do século XVII, já se faziam tecidos de algodão e trançados outros em diversas fibras vegetais. Empregava-se o produto desse trabalho em adereços corporais como tangas, colares, embiras e alguns cocares, misturando elementos têxteis e plumas em esteiras, mobiliário – se assim podemos chamar as redes de dormir -, utilitários da vida como redes de pesca, cestas, urus, cordas, tipitis e mesmo como alguns elementos de suas habitações como cobertas, vedações e divisórias.

Desde o século XIX, renomadas e reconhecidas em todo o País são as nossas rendas, os bordados e as redes produzidos no Ceará. No momento atual, a produção têxtil no Ceará alcança um nível de execução que a coloca num elevado patamar estético. Todavia, esse reconhecimento se dá apenas como linguagem artesanal, (aqui entendendo o artesanato como o campo das artes aplicadas onde o prioritário é a execução, o fazer), não existe o reconhecimento pleno dessa produção enquanto manifestação criativa ou expressão artística. Atualmente o Ceará bordado é mais Arte que Artesanato.

Foi aí que surgiu a proposta de, para marcar os 110 anos de nascimento de Chico da Silva e os 35 anos de sua morte, realizar um exercício coletivo de se buscar inspiração na obra do artista para realizar uma mostra de bordados que incorporassem o seu universo expressivo estético e artístico. A ideia foi acolhida  pelo grupo de ENTRELAÇADAS, composto de mais de duas dezenas de bordadeiras e coordenado por Iara Reis.

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