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2020.07 – Filme mostra a vida da escritora que inventou o clássico Frankenstein

Quase todo mundo conhece o clássico Frankenstein, certo? Mas quem aí sabe que a obra foi escrita por uma mulher?! O romance de terror gótico do século XIX é de autoria da escritora britânica Mary Shelley. O Sessão Pipoca de hoje é sobre o filme que conta a história dessa mulher.

Lançado em 2018, o filme Mary Shelley é uma cinebiografia que exibe a transformação da jovem garota em uma mulher e os acontecimentos que desembocaram na criação do que viria a ser a sua obra-prima, pela qual ela seria eternamente lembrada.

Mary Wollstonecraft-Godwin (vivida pela atriz Elle Fanning) era filha do filósofo e escritor William Godwin (Stephen Dillane) e da brilhante escritora Mary Wollstonecraft, uma feminista pioneira, que escreveu Uma Reivindicação pelos Diretos da Mulher. Ainda que não tenha conhecido sua mãe, que morreu por complicações no parto, o seu espírito selvagem e ardente vive na jovem Mary.

Mary é mostrada pela primeira vez como uma adolescente que vive com seu pai na pobreza de Londres. Ela tem uma meia-irmã mais jovem, Claire (Bel Powley), e uma madrasta (Joanne Froggatt), a quem ela não suporta. Para ficar longe de sua madrasta, Mary acabou sendo mandada para a Escócia. Lá, aos 16 anos, ela inicia um relacionamento e, posteriormente, casa com o poeta Percy Shelley, cinco anos mais velho, que omite já ser casado e ter filhos. De volta a Londres, o pai de Mary a deserda e ela foge com Percy, levando sua meia-irmã, embarcando em uma viagem infeliz à Suíça com o decadente Lorde Byron (Tom Sturridge), o anfitrião deles na terra dos Alpes.

Ela tem momentos de felicidade, mas também sofre grandes dificuldades. Sua nova vida com Percy está longe de ser empolgante, ela se vê vivendo na pobreza, consumida pela dor pela perda do bebê recém-nascido. Mas quando os traços de felicidade começam a se esvair, Mary, que também herdou o dom de sua mãe com palavras, encontra consolo em seus escritos.

Durante uma noite de tempestade em Genebra, Lorde Byron e seus convidados se distraem lendo contos de fantasma, que Mary adorava. Em certo momento, Byron lança um desafio para ver quem pode inventar a história mais assustadora e Mary encara o desafio com seriedade. O trabalho resultante é conhecido hoje como um dos maiores romances góticos já escritos. Entretanto, em Mary Shelley, Frankenstein é apresentado não como um conto de horror, mas de pena; o conto de uma criatura indefesa abandonada por aqueles que ama, assim como a própria Mary.

Com um excelente desempenho de Fanning no papel principal e um sólido elenco de apoio, Mary Shelley desafia os espectadores a ver tanto a autora quanto sua criação com um novo olhar. Para os fãs de roteiros psicológicos e com uma forte liderança feminina, este é imperdível.

O filme está disponível em serviços de streaming. Classificação indicativa: 14 anos.

 

Por Arthur Afonso, bolsista Mauc pela Pró-Reitoria de Extensão da UFC.

31.07.2020

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