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Universidade Federal do Ceará
Museu de Arte da UFC – Mauc

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Coleção Antônio Bandeira

Antônio Bandeira nasceu em Fortaleza – CE, no dia 26 de maio de 1922. Seu trabalho marca consideravelmente os anos iniciais de instalação do Museu de Arte da Universidade do Ceará, protagonizando a primeira exposição individual ocorrida após a inauguração da instituição em 25 de junho de 1961, além de integrar o acervo do MAUC com um total de 40 obras –  considerado o mais respeitado conjunto de acervo público do artista no País.

Bandeira inicia seu trabalho na pintura como autodidata, criando seus primeiros desenhos ainda menino no Colégio Cearense. Foi um dos integrantes do CCBA – Centro Cultural de Belas Artes em 1941, no contexto de renovação artística no estado do Ceará, de onde posteriormente foi criado a SCAP – Sociedade Cearense de Artes Plásticas. Após transferir-se para o Rio de Janeiro em 1945, participa de uma exposição coletiva na Galeria Askanasy, com Aldemir Martins e Inimá de Paula, além de realizar sua primeira individual, no Instituto de Arquitetos do Brasil. Durante sua estada no Rio de Janeiro, conquista uma bolsa de estudos para estudar em Paris, na Escola Superior de Belas Artes e na Academia de La Grande Chaumière.

Naquele país, teve contato com grandes mestres do desenho (Narbonne) e da gravura (Galanis). Realizou exposições na Citè Universitaire e Quartier Latin. Integrou o grupo Banbryols, com Wols e Bryen, expondo apenas uma vez, em 1949, na Galerie des Deux Iles, em Paris. A trajetória do artista na Europa e o contato com os importantes nomes das Artes Plásticas enriqueceu seus trabalhos. Sua atuação artística ecoa consideravelmente no cenário internacional, principalmente em Paris, onde grande parte da sua trajetória e amadurecimento artístico está relacionada. Expôs na XXVII Bienal de Veneza, em 1954.

Seu regresso ao Brasil lhe possibilita iniciar inúmeras atividades até 1954, quando conquista o Prêmio de Viagem ao País (Salão de Arte Moderna) e o cobiçado “Internazionalli Fiat de Torino” (II Bienal de São Paulo). A sua atuação artística e cultural no Brasil torna-se ampla, realizando mostras e exposições em quase todo o território nacional, a exemplo da primeira exposição individual que inaugura o Museu de Arte Moderna da Bahia, em 1960.

Convidado de honra da Universidade do Ceará, realiza sua primeira mostra individual no MAUC no período comemorativo das instalações do Museu, em 15 de julho de 1961. O evento trouxe à Fortaleza  um grupos de críticos de arte,  intelectuais e jornalistas bem como outras importantes autoridades. Com uma relação bem próxima aos trabalhos desenvolvidos pelo MAUC, realiza em 1963, uma segunda exposição com 36 obras.

Além da sua participação na fase de instalação e formação do acervo do MAUC, destaca-se a produção, sob encomenda do Reitor Martins Filho, do painel “Cidade em Festa” para a Faculdade de Direito, no entanto, a obra permanece no museu até os dias atuais. Há 50 anos, Antonio Bandeira conta com uma sala permanente no circuito expositivo do MAUC, composta de pinturas, desenhos, guaches e gravuras abstracionistas, entre as quais se destacam “Cidade Queimada de Sol – Uma homenagem à Fortaleza”, “A Grande Cidade Vertical”, “Flora Azul” e o tríptico “Cidade em Festa”.

Antônio Bandeira retorna à Paris em 1965 onde fixa residência, permanecendo até sua morte prematura, em 6 de outubro de 1967, aos 45 anos de idade.


Exposições realizadas:

Exposição: Pinturas de Antônio Bandeira – 15/07/1961
Abertura: Antônio Bandeira – 03/07/1963
Exposição: Antônio Bandeira – 03/07/1963
Abertura: Inauguração da Sala Antônio Bandeira -16/01/1968
Exposição: Inauguração da Sala Antônio Bandeira -16/01/1968
Exposição: Bandeira Quarenta – 26/05/2008


“Pintando espalharei pelo mundo toda minh’alma observadora, mostrarei aos povos as minhas lágrimas e também as dos que sofrem{ ….} e me redimirei dos meus pecados encontrando na Arte a morada dos deuses.”

“Poema artístico”, de autoria de Antonio Bandeira, nascido em 26 de maio de 1922. O Museu de Arte da UFC celebra a existência deste artista que marcou a história da arte e há 50 anos possui uma sala individual no circuito de longa-duração do Mauc.

Viva Antonio Bandeira! Viva suas cores, formas, linhas e gestos que nos mostram uma poesia escondida no viver!

Vídeo especial com a colaboração do Instituto Antonio Bandeira e do Arquivo Institucional e Histórico do Mauc.

Texto: Pedro Eymar
Narração: Eliel Vitor (Núcleo Educativo do Mauc – Programa de Voluntariado)
Edição de vídeo: Thaís Lúcio (Núcleo de Comunicação do Mauc – Bolsista pela Pró-Reitoria de Extensão – UFC)
Music ⓒ: Kevin MacLeod (YoutubeAudio Library)
26 de maio de 2020

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